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#Escrevendo: Por que eu escrevo

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Eu vi esse meme sobre escrita no So Contagious e achei as respostas da Anna Vitória tão interessantes que quis fazer minha versão também. A minha vontade é sempre atualizar vocês sobre o que eu ando fazendo com a minha escrita, então, quando eu vi esse meme, o que eu fiz na mesma hora? Isso mesmo! Salvei a ideia em algum lugar e CINCO meses depois estamos aqui para levá-la adiante meu jeitinho. Pois é.



1) O que eu ando escrevendo?

Bom, vocês só estão lendo este post porque eu escrevi Nossa, cê jura. Mas, sério, eu finalmente encontrei um ritmo decente que me permite viver, conservar minha sanidade mental e deixar o blog com novos posts todas as semanas. Acho que, de todos os projetos aleatórios que eu invento todos os dias, o Não Sei Lidar é o que me traz mais bons momentos. Adoro escrever aqui.

Mas, fora isso, EU ESTOU PADECENDO com a edição da minha história aka projeto de livro. As mudanças que a agência literária sugeriu demandam um tempo que eu não estou tendo mais. Não estou conseguindo fazer acontecer minha hora de escrita diária e isso já faz mais de duas semanas. Eu estou empacado na edição do capítulo 13 da minha história e, Jesus, são 32! Eu só consigo escrever de manhã bem cedo, antes do trabalho (único momento livre que apareceu no meu dia), mas não estou mais conseguindo acordar a tempo. Está me dando uma agonia tremenda, porque eu não vejo a hora de terminar.

Eu já coloquei como meta pra 2016 colocar esse livro em processo de publicação, seja arrumando um agente, publicando no WattPad, na Amazon etc. Só sei que esse livro já passou da hora de sair. Quanto mais eu demoro em jogá-lo no mundo, menos ele representa a mim e a minha escrita. Eu já quero escrever outras coisas, de um jeito melhor.

2) Como minha escrita se diferencia de outras do gênero?

Que pergunta difícil. Se "blog pessoal" for um gênero, eu acho que me diferencio um pouco sempre com uma pitada de comédia aqui e ali e, não sei, já me disseram que eu sou "positivo", que essa minha positividade faz bem. Eu sei que gosto de ser assim, mas não entendo exatamente como isso transparece na minha escrita. Mas que bom que está dando certo.

Na escrita de ficção, eu só escrevo comédias. Não sei fazer drama, não sei escrever bonito como algumas pessoas que simplesmente conseguem. Então, eu vou sempre no simples, o que pode ser bom ou ruim dependendo da fase da lua. Uma coisa que eu gosto muito de fazer e acho que no final faz diferença é sempre ter algum propósito para a história. Uma mensagem, uma ideia, uma crítica, algo que percorra toda a história, se mostrando em vários personagens e situações diferentes. Não é exatamente um diferencial, mas é tudo o que eu tenho.

3) Por que eu escrevo?

Como assim, gente? A pergunta tinha que ser "Por que você NÃO escreve?". É TÃO BOM. Escrever não é só colocar as letras no papel. O processo é longo e você pode tirar coisas boas de todas as etapas. No livro da Amanda Palmer, ela diz que os processos criativos se dividem em Coletar (~observar o mundo~), Conectar (juntar tudo o que você coletou e montar uma arte com isso) e Compartilhar (mostrar para outras pessoas). Escrever tem tudo isso. Amo o processo de escolher a minha mensagem, de observar as pessoas ao meu redor procurando detalhes para enriquecer a história e tal. Sentar de frente para o computador e ver a história tomar o próprio rumo, descobrir a voz dos personagens e rir das piadas como se elas não tivessem saído da sua própria cabeça é simplesmente um dos melhores momentos. E, na hora de compartilhar, obviamente nem todos vão apreciar o resultado, mas sempre vai ter gente dizendo que riu, que se divertiu e descobriu coisas na arte que você mesmo nem sabia que estavam ali. É maravilhoso.

4) Como eu escrevo?

Não tenho nenhuma dica de editor mágico, eu costumava ir no bom e velho Word mesmo. Há pouco tempo mudei para os documentos do Google Drive, que deixa tudo que escrevo salvo e disponível pra mim sem muito esforço da minha parte. Quando estou desesperado pra escrever alguma coisa e longe do meu computador, também arrisco uns parágrafos no Evernote, que é meu aplicativo favorito no celular (A Cíntia fez um post 10/10 sobre o Evernote aqui).

Também não tenho nenhum costume esquisito como escrever pelado ou sentado na privada. Eu simplesmente sento e escrevo, sem música (me atrapalha) nem nada.

Eu escrevo muito feliz à noite, PORÉM a vida adulta me impede de virar as madrugadas, então eu tive que descobrir um outro horário, que é basicamente das 7h-8h. Pois é. Eu preciso acordar às 4h pra conseguir essa 1 hora preciosa de escrita, coisa na qual eu venho falhando ultimamente, mas é tudo o que me resta.

5) Como supero bloqueios criativos?

Ah, essa é muito fácil, pois a resposta é: não tendo, risos. Sério, eu raramente tenho bloqueios, talvez porque eu não acredito muito neles. Quando eu estava empolgado e terminando de escrever o livro, eu engatei num ritmo muito bom, escrevendo literalmente todos os dias, sem perder a 1h preciosa. Pouco importava se eu sabia o que ia escrever ou se a história estava fluindo, todo dia eu sentava e escrevia. Alguns dias rendiam mais, outros menos, a vida é assim. Você não precisa ter sido beijado na boca por uma musa pra sentar e escrever. Tem dias que há uma super inspiração, há dias que não, mas dá para produzir em ambos.

Uma coisa que eu faço que minimiza momentos de trava é planejar antes o que vou escrever. Nada muito elaborado, só uma ideia do que deve acontecer em cada capítulo. Eu escrevo antes do meu expediente no trabalho começar, então preciso pegar 2 conduções depois de acordar para de fato começar a escrever. Nesse tempo à toa indo para o trabalho que eu costumo imaginar as cenas que estou prestes a encarar.

Pra não pagar de diferentão, existe, sim, um momento que eu abro mão de escrever: quando eu estou triste. O meu humor afeta tanto a minha escrita que, quando eu estou no fundo do poço agarrado com alguma bad séria, eu não consigo escrever decentemente. Ainda mais porque escrevo comédia, gente, sai tudo muito ruim, sem graça. Produzo tão pouco, mas tão pouco mesmo que prefiro desistir e viver minha tristeza. Mas isso dura no máximo uns dois dias, porque o livro não vai se escrever sozinho.

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Como manda a tradição, eu devo indicar pessoas para responder as mesmas perguntas e, pensando aqui, vou indicar (mas não intimar) quem eu sei que flerta com a escrita e tá sempre por aqui acompanhando o blog: Lilian e Helena.

Mas, se você quiser levar as perguntas para o seu blog também, sinta-se à vontade. E me chama pra ler, porque escrita está entre os meus assuntos favoritos, logo depois de reality shows e pessoas.

PS: As imagens do post vieram da EMM, not Emma, que é uma das minhas páginas favoritas no Facebook. Toda semana tem mensagens positivas sobre amizade, amor próprio e um bando de outras good vibes. Recomendo a todos.

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