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Channel: Não Sei Lidar
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Minha alma gêmea é uma dona de casa desesperada

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Aconteceu mais ou menos assim: A Annie disse pros amigos "Vocês deveriam assistir Desperate Housewives, hein". Aí ela disse isso mais vinte e nove vezes ao longo dos meses, porque a gente ignorou, mas na trigésima vez a gente ouviu, as pessoas que alegram minha caixa de entrada diariamente começaram a acompanhar essa série sobre famílias que vivem no subúrbio e eu fui junto, claro. Meu nome do meio é Vai Com As Outras.


Este não é um post de indicação de Desperate Housewives é só o que meu corpo e mente me permitiram escrever nesse ritmo de Carnaval e férias, até porque ainda não passamos do décimo episódio. Eu apenas queria dizer que, gente, A SUSAN. A série conta com 4 protagonistas, mas com a Susan Mayer rolou aquela identificação, sabe? Teve um episódio em que a Susan teve uma atitude tão QUAL É SEU PROBLEMA, MULHER? diante de um momento de tensão que eu fiquei exatamente assim:

Gente, sérião, esses roteiristas tão bebendo muita água da privada pra escrever essas cenas hilárias da Susan. Qual o problema dessa mulher, meu deus? QUEM TEM ESSE TIPO DE ATITUDE? Nossa, muito maluca, parece até... parece até... meu deus, eu sou a Susan. Ela tem a mente de cocô ativada. AI, MEU DEUS, EU SOU A SUSAN.

Eu já contei vários causos neste blog e no Twitter que até Deus deve ficar "Mas, Felipe, como?" e esse blog só existe porque eu vivo brincando que moro numa série de TV, mas, além de morar REALMENTE numa série de TV, eu tenho provas de que Susan Mayer e eu somos almas gêmeas. Pequenos spoiler destes nove primeiros episódios, mas vamos que vamos:

Já no piloto, a Susan suspeita que uma vizinha está tendo uma noite romântica com o crush dela, daí o que Susan faz? Isso mesmo, INVADE a casa da mulher e, acidentalmente, põe fogo nela.



No episódio seguinte, a Susan vai fazer uma média brincando com o cachorro do crush e, DE ALGUMA FORMA QUE EU NÃO ENTENDI (que é um fator sempre presente nos meus causos), ela deixa o bicho ENGOLIR o brinco dela e ir parar no hospital.



Em seguida, é mico atrás de mico, desastre atrás de desastre. A Susan fica trancada e pelada pra fora de casa sem querer, toma um tombo nos arbustos e o crush aparece pra ajudar (Eu fingiria de morto ali mesmo), toma tapa na cara porque é confundida com outra pessoa do bairro, finge que sabe montar num touro mecânico pra escapar de uma mentira e leva uma bordoada na cara, sofre um incidente num desfile e acaba desfilando quase pelada...



Vou deixar até vídeo de quando ela vai bisbilhotar a casa do vizinho e fica presa NUM BURACO QUE ELA MESMA ABRIU NO CHÃO DO BANHEIRO DO CARA.




Sabe, eu até tentei gostar mais das outras protagonistas, só para não soar tão óbvio, mas, gente, Eu & Susan, Susan & eu. Ela toma decisões absurdas sob pressão, as coisas malucas a perseguem, ela entende errado o que as pessoas falam, os roteiristas não cansam de gastar a imagem dela com comédia, ela não pensa nos próprios limites e precisa lidar com situações que NINGUÉM mais um dia já precisou. E ela não sabe lidar!!!

Susan, minha querida, se com NOVE episódios você já chegou tão longe e permanece com alguma dignidade, eu tenho muito que aprender com você. Nossos roteiristas estão, ó, num match intenso.

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