Daí que, aproveitando a oportunidade, uma vez que já comecei a expor meu despreparo ao comer com outras pessoas, resolvi contar logo outro causo relacionado para fecharmos de vez esse capítulo e voltarmos à normalidade desse blog (oi?).
Mas estava eu no almoço de confraternização da minha antiga Firma™, eu ainda era estagiário se não me engano, tentando agir normalmente numa mesa enorme com 4756484 pessoas ao meu redor. Por incrível que pareça, eu prefiro comer com 4756484 pessoas ao invés de uma única, porque, na minha cabeça, elas podem se preocupar em reparar em outras mastigações além da minha. Pois é. O lance era que aquele era um restaurante desconhecido com umas comidas esquisitas e, meu deus, como eu tenho birra com comidas esquisitas, daquelas que a gente não sabe exatamente o que é ou não sabe como comer. Isso se corta? Vai molho? Enfio tudo na boca? Pego com a mão? Tem cara de frango... Mas e se for, argh, peixe? Enfim. E, gente, se hoje em dia eu não costumo frequentar restaurantes, imagina naquela época que eu ainda estava aprendendo como era ter meu próprio dinheiro. Sempre me pareceu caro demais, um ambiente meio chique. Era como ser o único pobre numa mesa de gente rica, pensem assim.
Um dos meus chefes estava finalmente voltando ao trabalho depois de meses afastado por razões médicas. E ele estava sentado bem na minha frente. Não era nada demais, mas todo mundo estava dando atenção a ele, e eu estava tentando não fazer uma besteira, tipo derrubar o talher ou derramar suco, não colocar o cotovelo sobre a mesa (nunca entendi essa regra).
Mas quando que eu ficando super consciente dos meus movimentos deu certo nessa vida, né, pessoas?
Eu apoiei meu garfo no prato quando alguém passou servindo uma bebida e levantei o copo quando a pessoa estava mais perto. Eu só sei que deixei o copo escorregar da minha mão e, DE ALGUMA FORMA QUE EU NÃO ENTENDI, ele bateu no meu prato e fez uma coisa que eu não conseguiria nem se realmente quisesse. Ele CATAPULTOU o meu garfo. Tipo, o garfo voou. No meu chefe. Parabéns, Física, sua ridícula.
Ok, não foi como se o garfo tivesse, sei lá, furado o olho dele ou cravado na pele do homem, MAS PRA MIM FOI, SIM. Meu chefe ainda levou de boa, "Felipe, eu acabei de sair do hospital e você já quer me mandar de volta? kkkkk". Gente. GENTE.
Anos depois, eu seria demitido por motivo de "corte nos gastos", mas aposto que:
- Então, sócios, temos que decidir entre o Fulano e o Felipe. Quem vai embora?
- PLMDDS, mandem o Felipe pra casa, ele tentou me assassinar uma vez.
Mas quando que eu ficando super consciente dos meus movimentos deu certo nessa vida, né, pessoas?
Eu apoiei meu garfo no prato quando alguém passou servindo uma bebida e levantei o copo quando a pessoa estava mais perto. Eu só sei que deixei o copo escorregar da minha mão e, DE ALGUMA FORMA QUE EU NÃO ENTENDI, ele bateu no meu prato e fez uma coisa que eu não conseguiria nem se realmente quisesse. Ele CATAPULTOU o meu garfo. Tipo, o garfo voou. No meu chefe. Parabéns, Física, sua ridícula.
Sempre do contra
Ok, não foi como se o garfo tivesse, sei lá, furado o olho dele ou cravado na pele do homem, MAS PRA MIM FOI, SIM. Meu chefe ainda levou de boa, "Felipe, eu acabei de sair do hospital e você já quer me mandar de volta? kkkkk". Gente. GENTE.
Anos depois, eu seria demitido por motivo de "corte nos gastos", mas aposto que:
- Então, sócios, temos que decidir entre o Fulano e o Felipe. Quem vai embora?
- PLMDDS, mandem o Felipe pra casa, ele tentou me assassinar uma vez.