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2016, o ano de ser eu mesmo

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Uma amiga que fiz no começo do ano disse para mim dias atrás: "Nossa, Felipe, você ficou tão diferente. Você era muito fechado no começo do ano, nem dava pra gostar de você. O que houve? Sério, me conta! Porque alguma coisa deve ter acontecido". Eu gargalhei gostoso. Minha filha, não apenas uma coisa aconteceu, como aconteceu outra também e depois mais outra e esse foi o ano mais transformador da minha vida.


Confesso que nem estou me sentindo essa Coca-Cola toda no momento em que escrevo este texto, mas, graças à minha falta de memória, eu fiz questão de montar um currículo ao longo do ano e contra fatos não há argumentos. FOI SUCESSO. O ano foi muito melhor do que eu jamais poderia imaginar.



Em 2015, a minha meta era sair dessa bolha de NADA ACONTECE FEIJOADA em que eu vivia e fazer um monte de coisas diferentes. Foi o ano em que eu fiz. Não abandonei o espírito de aventura em 2016, mas, assim que Amanda Palmer e Brené Brown me atropelaram, eu sabia que queria mais: Queria ser eu mesmo, queria ser visto e queria ver as pessoas como elas merecem. Vulnerabilidade. Viver de todo meu coração. Talvez um dia isso ainda me mate, mas esse lance de ser fiel aos meus sentimentos o máximo possível desencadeou um monte de desdobramentos. Eu acho que é o que chamam de ser o protagonista da sua própria história e tal. Eu já cheguei transformando em piada uma situação de vergonha e postando minha bunda no blog, gente. Quando eu vou, eu vou fundo.

***

CRISES!
Um entrave para ser vulnerável é que é tudo sobre lutar para ser quem você realmenteé. Mas, às vezes, nem a gente sabe quem nós somos, imagina os outros. Eu tive muitas crises ao longo do ano tentando enxergar minha identidade e algumas me bagunçaram todinho. A crise dos 20 me pegou, jogando na minha cara que o tempo é curto e eu não vou conseguir fazer todas as coisas que eu quero, então preciso escolher o que mais tem a ver comigo. Eu tive que olhar fundo para a minha sexualidade e tentar entender o que se passa nessa joça e como isso afeta todos os meus relacionamentos. Mais uma crise por descobrir que o que funciona para todo mundo não necessariamente funciona para mim, porque eu sou EU e não eles. Minha fé atacada foi todo um caso à parte.

EU ENCONTREI JESUS!
No meio do mato, no Youtube, na minha vó, em mim. É incrível como uma pessoa pode viver tantos anos dentro de uma igreja e não chegar nem perto de conhecer Jesus de verdade. Eu tive que me desmontar todinho e continuo me desmontando, cada dia um novo baque. Mas agora eu sei quem sou, eu sei o tipo de cristão que quero ser e sei que Jesus me ama DE UM JEITO que o mínimo que posso fazer em gratidão é tentar amar as pessoas da mesma forma (falhando miseravelmente, mas tentando). Não tem jeito melhor de ver as pessoas do que olhando pela ótica de Jesus. Eu voltei para a igreja depois de 10 meses dando meus próprios passos e agora é um trabalho progredindo lentamente esse de tentar espalhar Jesus mesmo para quem já é crente. Nada nem ninguém vai tirar a Graça de mim. DEUS NO COMANDO.

EXPERIÊNCIAS! 
A Lista continuou a todo vapor e, risos, só aumentou. Eu faço uma coisa e me dá vontade de fazer mais três. A verdade é que nunca vou completar essa lista. Gosto assim. Teve eu me enfiando por acaso em excursão para um parque aquático, teve eu andando de Kart e outras aventuras, mas todos concordamos que o ponto alto foi Felipe Fagundes Crossfitter indo para A BRAVUS RACE.


MEUS BEBÊS NO MUNDO! 
Pois eu simplesmente pari um monte de ideias. Eu estou tão feliz de finalmente ter produzido coisas que as pessoas podem consumir, apreciar e tornar parte da vida delas! Bem no começo do ano, eu consegui meu primeiro contrato como compositor e foi um CHOQUE perceber que pessoas realmente queriam minha música. O cd está para sair já, já, então 2017 já tem coisa boa pra mim! Além disso, como eu jamais paro, eu consegui colocar três histórias no mundo: Não Sei Lidar com Gênios, que já está me rendendo royalties da Amazon; Aquilo Não Estava Certo, meu conto de Natal; E Não Somos Um, ah, meu NS1, que é minha história mais desengonçada, mas pela qual eu tenho todo amor do mundo. Meu Wattpad está O FERVO.






PESSOAS!
Essas que eu vivo dizendo que eu amo. Mas, gente, tem como não amar? As pessoas são simplesmente MUITO BOAS comigo. Eu fico procurando explicação e, juro, não encontro. Não é falsa modéstia. Eu honestamente me considero legal, mas não ESSE LEGAL. Meu ano seria um desastre sem as minhas pessoas me ajudando a chegar onde eu queria. Meus amigos me apoiaram nas crises de um jeito que me deixou embasbacado ("Eu vou falar com você TODOS os dias pra você não se sentir sozinho") e fizeram acontecer Jesus junto comigo, e minhas pessoas toparam encarar várias ciladas do bem Hahahahah E, gente, AS HISTÓRIAS!!! Galera me apoiou com as capas, com a divulgação, com feedback e continuam mantendo meu livro no ranking do Wattpad. Acho que o ápice glorioso foi a campanha do ThunderClap que alcançou 100 pessoas QUE EU NEM SABIA QUE TINHA. Nossa, amigos da escola, da faculdade, da igreja, pessoal do meu trabalho, MEU CHEFE, amigo de infância que eu não via há séculos, minha irmã há muito perdida agora encontrada e amada, gente dos blogs, gente do Twitter que atraiu ainda mais gente, EU NEM SEI COMO AGRADECER.



MAIS PESSOAS!
Cara, eu encontrei UMA IRMÃ HÁ MUITO PERDIDA, VOCÊ TEM IDEIA DISSO? Estamos nos falando com alguma frequência, tentando fortalecer o vínculo, mas já adianto que é amor. Mesma coisa com a minha vó, vocês lembram? Pelo menos uma vez por mês, estou dando as caras lá e é só sucesso. Minha lista de Viver Pessoas, inclusive, está sendo uma mão na roda me ajudando demais a conservar meus laços de amor e amizade. Outra que só cresce.

***

ALELUIA.

Eu sei que 2016 tem sido um ano puxado para muita gente no âmbito pessoal e global, mas acho que todos concordamos que vocês devem vir aqui encher minha cara de tapa se eu ousar reclamar do meu ano. Tiveram coisas que eu não realizei, como aprender a nadar ou finalizar meu banheiro (vocês acreditam que ainda não tenho um box? Hahahah), mas fui feliz.

Do ano que vem, eu já espero algumas coisas. Mais ciladas do bem, mais relacionamentos, menos crises e mais livros e contos publicados por aí. Nem vou falar mais Jesus, porque, caramba, se ele não acontecer mais em 2017, eu nem quero brincar.

Digamos que eu vivi uns 80% com meu coração, andei dando umas vaciladas na vulnerabilidade, mas o resultado foi TOPZERA. Eu quero ir mais fundo. Quem me acompanha até os 100%?

Feliz Ano Novo! JAMAIS PAREM.

Mirando naquilo que me faz bem

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Eu estava enrolando para começar os trabalhos de 2017 aqui no blog, e, juro pra vocês, não foi por causa de procrastinação. Tenho alguns textos para postar, mas eu sempre abri o ano com Um Grande Ensinamento, que é algo que vem do além, me atropela e rege minha vida durante o ano todo. Fazer Coisas! Viver Pessoas! Não tenha vergonha! Seja vulnerável! Mas não dessa vez. Até quebrei a cabeça tentando forçar uma mensagem cafona do jeitinho que gosto, mas me toquei que, se eu estou forçando, então não é ela. Porque Um Grande Ensinamento não é uma frase de autoajuda barata. Quer dizer, pode até ser, mas ela precisa me consumir, me desafiar, me atropelar forte mesmo. Toda mudança na minha vida vem de uma catarse emocional, mas o universo ficou devendo uma dessa vez.

O que a gente faz então?  ¯\_(ツ)_/¯

2015 e 2016 foram anos muito bons para mim. Eu aprendi um tanto de coisa nova que REALMENTE mudou meu jeito de pensar e de me comportar, coisas que eu sentia falta, mas não sabia o que eram. Não tenho do que reclamar. Eu sinto que essa jornada de descoberta me fez tão bem que eu não sei mais o que enfiar nela além do que já me desafiei. Ser quem você é e enxergar as pessoas como elas são não paga as contas, mas, gente, faz muito feliz sim. Não sinto necessidade de algo novo, só quero melhorar o que já tenho.

Eu amo muito o que eu já tenho.

Na semana passada, circunstâncias inexplicáveis (mentira, foi aquela treta com a Sonserina e o Pottermore) me levaram a fazer o teste oficial para saber em qual casa de Hogwarts eu cairia se o mundo bruxo realmente existisse e eu morasse na Inglaterra (Tenho pra mim que eu seria trouxa com orgulho, mas não tem essa opção). A coisa toda é bem bobinha, mas eu também sou, então tiveram estas duas perguntas que REVELARAM MEU SER e me fizeram ter assunto para movimentar este blog. Uma perguntava como eu gostaria de ser conhecido. "O Sábio", "O Incrível", "O Poderoso", coisas assim. Marquei "O Bondoso" sem nem pensar duas vezes. A outra era sobre como eu gostaria que as pessoas lembrassem de mim após minha morte. Bom, eu nunca tinha realmente pensando sobre isso (meio que não me interessa muito, pois estarei morto???), porém gostei da "Sentiriam minha falta, mas sorririam".



Querendo ou não, a gente tem todo um legado, né? Árvores plantadas, livros escritos, bebês com nosso DNA, contribuições para a humanidade, impérios magníficos... Ou nada disso. Tudo bem que eu escrevo histórias e talvez elas fiquem aí para sempre, mas, mesmo que eu não escrevesse, eu ficaria satisfeito com este legado que é nosso impacto na vida das pessoas, esse sorrisinho saudosista pós-morte. Quer dizer, gente, estamos na Terra PRA QUÊ? Fazer a vida dos outros mais miserável? Vou deixar a glória e o poder para o Sábio e o Incrível, mas essa tentativa de bondade ninguém pode tirar de mim. Aliás, só depende de mim mesmo. É a minha escolha.

Eu li no A Idade Decisiva que é interessante você montar seu currículo como se contasse uma história que faça sentido.  A autora chama de "capital de identidade" essa história que a gente conta, que mostra quem somos. Algumas escolhas contribuem com nosso capital, outras não. O lance é sempre ir agregando conhecimento e experiências que façam sentido para a visão que temos de nós mesmos.

O meu desejo para 2017 é só esse: fazer sentido. Não é como estar preso numa jaula e não descobrir mais nada de novo sob o sol. Eu quero profundidade. Já descobri minha mina de ouro e quero cavar mais. Quanto mais fundo, mais eu sei o que combina comigo, mais eu sei do que eu gosto, mais satisfeito fico. Sorte minha que, por acaso, isso deixa todo mundo ao redor feliz.

Pra vocês que entendem de Harry Potter, caí na Lufa-Lufa. Não sei exatamente o que significa, mas me disseram que isso é óbvio, pois sou o poster boy de lá. Para quem não entende, isso tudo foi só pra dizer que quero continuar mirando naquilo que me faz bem.

VEM NI MIM, 2017!

Minha rapeize está MORTA

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Uma das minhas crises recorrentes é sentir que, daqui a alguns anos, eu vou sofrer um acidente fatal em casa e só vão encontrar meu corpo 5 dias depois, quando o gato ou o cachorro já tiverem comido dois terços da minha cara. E olha que eu tenho evidências, porque teve um final de semana que minha mãe foi viajar e ocorreu aquele fatídico dia em que eu APAGUEI de meio-dia até o dia seguinte. Alguém notou minha falta? Tinha alguma ligação ou mensagem de preocupação no meu celular quando acordei? Nadica. Isso, meus amigos, chama-se SOLIDÃO. Eu não sou o whatsapp de ninguém e isso me mata por dentro às vezes. Mas eu supero até não superar mais.

 Superando!

Eu não sei que mágica de sucesso eu fiz, mas eu realmente tenho muitas pessoas AGORA e sou grato por cada uma delas. Cara, não sei o que eu faria sem as minhas pessoas. Algumas eu cultivei, outras Amanda Palmer e Jesus trouxeram pra mim nos últimos dois anos. Não tenho muito do que reclamar, é bem mais do que eu esperava com a minha personalidade fechada e meio ogra.

Mas eu não consigo parar de pensar no futuro. A festa está muito boa, está todo mundo aqui, mas e daqui a dez anos? Como será? Estou vendo meus amigos iniciando namoro e desaparecendo. Tô vendo todo mundo casando e tendo filhos e ficando quase que indisponível. É como se minha rapeize fosse morrendo aos pouquinhos. Acontece que o ciclo da vida é esse mesmo, eu acho. Seus amigos te sustentam por um tempo, até que cada um encontra sua pessoa, aí a vida já é outra. Não há necessidade mais daquela atenção especial que havia antes, porque já tem uma pessoa cuidando carinhosamente de você e seus amigos já tem as pessoas deles. Organizando direitinho, todo mundo fica feliz.

Eu tô dizendo isso agora, né, porque, por mim, todo mundo ficava solteiro pra sempre. Risos. Eu desorganizei o rolê todinho tendo 25 anos na cara e 0 relacionamentos no currículo. ZERO. Então, o que acontece é que eles seguem com a vida e eu fico aqui inventando o que fazer.

Inventando!

Foi tentando ignorar as verdades aí de cima que eu tomei algumas bandas. 100% dos meus amigos mais próximos está namorando ou casando ou tendo bebês, e eu estava querendo fingir que estava tudo igual. Chamando para sair, puxando conversa, estando disponível para eles, aconselhando, cancelando minhas coisas quando eles precisavam de mim... Me doando bem, sabe? Mas quando eu que precisei...

A penúltima banda foi quando chamei um deles para montar um grupo e ir ao cinema. Eu queria muito falar com ele. É um dos meus melhores amigos e eu tava sentindo faltar de passar tempo com ele. Ao que ele respondeu (depois de ter ignorado a mensagem e eu ter insistido numa resposta, mas enfim):

- Poxa, não vai dar por agora, tá tudo muito corrido, mas um dia vamos sim :-/

Fiquei triste, mas ok. A vida de todo mundo fica corrida e nem eu tenho todo tempo do mundo. Juro que perguntei o que ele andava fazendo não para que ele justificasse a falta de tempo, mas para eu saber mesmo o que esse amigo do qual eu não tinha muita notícia estava fazendo da vida. Um curso novo? Estudando para alguma prova? Um projeto especial?

- Ah, você sabe, trabalho, igreja, academia, namoro...
- ............................................... Sua vida normal, no caso
- Sim! Hahahah
- Eu estava chamando sua namorada pra ir também
- AH, EU POSSO, SIM, QUANDO VAI SER?

Ele só podia sair se fosse com ela. Tempo ele tinha, né, então tirem aí suas conclusões, porque eu não aguento mais pensar nisso, só sei que não me senti bem.

Fui convidar outro amigo excelente para jogar xadrez, comer pizza, alguma coisa, eu só queria pessoas. Conversamos pelo whatsapp, marcamos para o dia seguinte, eu bem feliz, tudo certo. Cancelei alguns compromissos que poderiam ser adiados para dar lugar a esse rolêzinho e fui confirmar pela manhã.

- E, aí, tudo ok pra hoje? Onde a gente vai?
- Ih, cara, não tô disponível não
- Ué. Mas ontem vc disse que estava.
- Foi minha namorada que tava mexendo no celular e falou contigo kkk Não dá pra mim não

GENTE. 

Essa banda simplesmente LIBERTOU MEU DRAGÃO INTERIOR de um jeito que nunca vi antes, fiquei REVOLTADO, quis cabeças rolando, explodir alguma coisa, sentar numa wrecking ball, INDIGNADO. Então respondi:

- Ah, ok. Valeu. Tchau :)

17 horas depois (que é o tempo que levo para digerir minhas emoções), eu cheguei à conclusão de que essas coisas todas não foram mesmo legais. Foi como se carimbassem um DESCARTÁVEL no meio da minha cara. Também não vou pensar muito mais sobre isso.

O fato é que também não farei nenhuma performance dramática. Cansei. Não é a primeira vez que acontece, tanto que já estou até acostumado e acreditando que a coisa toda é assim mesmo. Quando se começa a namorar, os amigos perdem um pouco da relevância. Quer dizer, eles continuam importantes, mas de um jeito diferente. O foco de quem entra num relacionamento romântico está em outra pessoa agora.

 Ok, no Twitter eu fiz drama, sim, ninguém é de ferro

Cortei a rapeize todinha da minha lista de Viver Pessoas. Se eles quiserem, eles podem me chamar para os rolês, pra conversar, para o que estiverem querendo de mim no momento. São meus amigos, estarei lá. Mas não vejo mais sentido em investir tanto assim no laço. Só vou tomar tocos, bolos e passar por essas cenas lamentáveis. Acho que estou investindo meu tempo em pessoas ótimas, mas erradas. Enquanto todo mundo está seguindo com a vida, eu estou ali observando, apoiando, ajudando... Mas e a minha vida? Como os meus relacionamentos evoluem?

A Lilian me marcou nesse texto e, gente, a Idade DecisivaÉ REAL

Eu sei que quero conhecer gente nova. Quero investir meu tempo em pessoas solteiras, que sei que vão ter mais tempo e estarão no mesmo barco que eu. Eu nem estou dizendo que quero NAMORAR, a menos que isso seja a única coisa que me garanta ter pessoas por perto pra sempre. Caso não seja, estou aí para fazer novos amigos, desses que não vão desaparecer tão cedo. Talvez, TALVEZ, seja um pouco de desespero da minha parte, mas vou saber que pelo menos tentei.

VAMOS ACOMPANHAR.

Faz a Hannah

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Não sei se já deixei transparecer alguma vez que gosto muito de Survivor, TALVEZ NÃO, então vou contar pra vocês sobre Hannah Shapiro.

O texto a seguir contém spoilers de Survivor Millennials Vs Gen X!

Toda semana eu vou no último episódio da temporada 33, assisto 30 segundos, morro de rir e restauro a fé em mim mesmo. A Hannah com 24 anos caiu na tribo dos Millennials (coitada), aquela tribo cheia de gente descolada, gente bonita, gente cool, xóvens e tal, aquela galera que cria seu próprio lugar no mundo, sonhadora etc etc. Daí a gente olha pra Hannah:


Até ela brincava que o jogo era Pretty People Vs Weirdos. Hannah ficou cheia de tremeliques na primeira vez que foi para o Conselho Tribal, quando a aliada dela foi eliminada de surpresa. Teve uma prova que ela NEM ESTAVA PARTICIPANDO, mas, só de olhar, teve um ataque de pânico, ficou toda asfixiada e chamaram os médicos correndo pra salvar a menina. Ela tinha todo um histórico de ansiedade e dava pra enxergar claramente que Hannah era uma coisinha frágil se comparada com os demais. Não era fisicamente forte, não era boa no social, aquelas que a gente já espera indo embora mais cedo ou mais tarde.

Só que, gente, alguma coisa aconteceu ali no meio que Hannah virou UMA FORÇA DA NATUREZA e simplesmente tomou as rédeas da coisa toda. Era amiga de todo mundo? Não era, mas fez aliança com quem deu, arquitetou planos, convenceu muita gente a fazer o que ela queria (inclusive, ser eliminada no lugar dela!!!), FLERTOU BONITO e ainda chegou até a final toda confiante.

Até coloquei no Youtube com legendas o trecho da Reunion que me faz a pessoa mais feliz da face da Terra, porque, caramba, QUE MOMENTO. Nem de longe parece a mesma pessoa.

TODO MUNDO RINDO HAHAHAHAHAH A CARA DELA HAHAHAH A DESCOLADEZ FALANDO O QUE SENTE NA CARA DAS PESSOAS. ATÉ O JEFF RIU.

Eu sempre brinco que uma forma de encarar os próprios medos é vestir um personagem e agir como se fosse outra pessoa. Fico agoniado conhecendo gente nova, meu instinto me diz pra me esconder e ficar quietinho, mas o que eu faço? Finjo que sou super descolado e converso até não poder mais, como se fosse natural e fácil. Finja até que atinja, sabe?

A gente se trava muito. Aquela pessoa bonitona pode estar, sim, interessada em você de verdade. Seu currículo pode ser interessante. Seus amigos gostam mesmo de você. Você tem total capacidade de estar onde quiser. Ainda acha que não? Amigo, faz a Hannah e vê no que dá.

Meu coração pra sempre a Hannah já tem.

Jogo de gente doida

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Um pouco complicado falar de Bells& Cia aqui no blog sabendo que mais cedo ou mais tarde Bells & Cia lerão este texto, mas esta é uma história de vulnerabilidade (e um oferecimento de Amanda Palmer, óbvio) porque começa com Bells dizendo VEM para uma pessoa aleatória da internet. No caso, eu mesmo.

¯\_(ツ)_/¯

Eu passei a minha infância com a cara enfiada em jogos de tabuleiros que eu mesmo inventei. Nossa, gente, altas noites de jogatina com minha prima e amigos. Histórias de piratas, mundo medieval,  apocalipse zumbi, histórias com pokémons, Harry Potter, Jogo da Vida, Jogo da Vida com Mutantes, Jogo da Vida com Mutantes E Pokémons, valia tudo. Eu inventava um cenário, desenhava o tabuleiro, criava os personagens e, BUM, festa. Um sucesso criado a partir de folhas de ofício, caixa de lápis de cor com 12 cores e um dado surrado de 6 lados.

O tempo passou, eu cresci e, junto comigo, cresceu também o vazio causado pela falta de pessoas que jogassem RPG na minha vida (Descobri que tinha esse nome. Você inventa um personagem com várias características e vive na pele dele). Eu nunca joguei. Mas, em todo filme e série que aparecia um grupo de amigos jogando RPG, eu ficava com aquela certeza de que tinha tudo a ver comigo. Chegava a ser uma falha de caráter eu nunca ter presenciado uma mesa de RPG acontecendo. Não sei dizer quais foram as palavras mágicas exatamente, mas postei no Twitter algo como QUEM AQUI JOGA RPG??? ME CHAMEM, POR FAVOR. Daí a Bells disse VEM.

E eu fui, porque eu sou desses que vai mesmo.


Eu sabia mais ou menos onde estava me metendo, porque a Carol já tinha contado aqui como a coisa toda nasceu, eu tinha visto as duas pessoalmente 1 (uma) (01) vez na Bienal, amo o Conversa Cult de paixão e tudo fez sentido pra mim.

Cara, eu nunca vi tanta gente ótima no mesmo lugar. Eu tenho uma regra que, se passarem 10 minutos e eu não estiver falando pelos cotovelos com as pessoas, é porque estou desconfortável e/ou querendo morrer. TIVE SUCESSO. No caminho, eu já tinha feito mil perguntas, falado mal de certos livros maravilhosos com final bosta, descoberto livros novos (ainda quero ler o livro da prosofygsduiguey, Taiany), ouvido histórias hilárias e Deus sabe o quanto eu amo gente com histórias hilárias.

Catei da Bells

O jogo em si, meu deus do céu, eu já fiquei impactado quando vi a quantidade de dados. Tantas cores, tanto brilho, TANTOS LADOS. COMO ASSIM TANTOS LADOS, GENTE? Foi a primeira vez que toquei em dados com mais (e menos!!!) de 6 lados. O meu eu criança ia ficar ALUCINADO com aquele dado de 20 lados. Nossa. VINTE LADOS!!! Muitas possibilidades. Aquela criança fazia muito milagre com 6 faces. Com 20, ela dominaria Nova Iguaçu. Dados à parte, imaginem 5 ou 6 pessoas em volta de uma mesa, muitas fichas de papel, o mestre com o notebook dando play em efeitos sonoros (música de suspense, aventura etc) e um tabuleiro quase que imaginário. Eu fui no céu quando o mestre simplesmente pegou uma folha de papel, desenhou o tabuleiro, fez uns quadrados e, pronto, tava ali a cena. Era EXATAMENTE como eu fazia quando criança! Fiquei maravilhado.

Assim, é muito complexo, tem que relembrar a história, ENTRAR no personagem, memorizar as pontuações das fichas e praticar a imersão, mas a risada é garantida.

Bem assim Hahahah

O mestre pode inventar qualquer coisa. "Tem uma pedra rolando pra cima de vocês", "Fulana caiu num buraco", "Nasceu um terceiro olho na testa de Ciclana, o que vocês vão fazer?". E fica todo mundo "QUÊ???". Uma surpresa em cada esquina. É uma história acontecendo em tempo real. O mestre diz o que está acontecendo e os personagens decidem como querem reagir.

***

Eu fui só para ficar olhando mesmo e adorei. Quer dizer, gente, apenas que nasci para ser mestre. Sempre fui GameMaker, né? Escrever as histórias, montar os desafios, ri da cara dos personagens quando tomarem uma banda, eu gosto assim. Que jogo de gente doida. Talvez, não seja um tipo de jogo para todo mundo, é muito imaginativo e leva hoooooras, mas fica aí a dica de que existe. O mais legal é que é muito adaptável e você pode criar RPG de QUALQUER COISA (Já imaginando um de Jogos Vorazes e Survivor). Eu amei e quero mais.

Cara, eu deveria dar uma de doido e me jogar no Twitter mais vezes. Recomendo :)

EU SOU MOANA de Nova Iguaçu

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Ou: Aquele em que eu deixo um filme da Disney reger minha vida.



Estava eu falando pra Juliana Fina Flower que tinha visto Moana e achado apenas ok. Tinha umas cenas bonitas, músicas legais, a mensagem falava com todo mundo, mas, sei lá, tanto tempo que não assisto Disney nos cinemas, todo filme é esburacado assim? Achei a história toda meio pobrinha. A Ju ficou toda:

- Nossa, eu AMEI. Moana segue os padrões clássicos da jornada do herói, além de conter o Mar Mítico no sentido literal, Felipe.
- QUÊ?
- Sim, várias histórias usam do conceito do Mar Mítico, que é o que leva o herói rumo ao desconhecido por uma jornada de autoconhecimento.
- Oi???

Inventei esse diálogo, porque não lembro exatamente das palavras dela, mas foi mais ou menos isso aí. Eu reclamando que o porquinho da Moana não foi na aventura e Ju falando coisas como Mar Mítico. Eu disse que ia procurar por essas referências todas depois, mas isso nunca aconteceu.

"Bem" não era exatamente uma palavra que eu poderia usar para descrever meu eu interior naquele dia, porque, apesar de Ju ser uma das melhores pessoas no meio de uma crise, eu estava lidando com uma crise gigante, aquela de perceber de repente que toda minha rapeize estava MORTA.

Meus amigos se foram. Todas as pessoas que se importam comigo estão deixando de se importar porque têm mais o que fazer. Todos estão sumindo. Estou ficando mais sozinho do que gostaria. O FIM ESTÁ PRÓXIMO. Vou morrer sem ninguém. Gente, o desgraçamento foi tão grande que eu comecei a pesquisar no Google coisas como "Vida social pós 30" (tenho 25), "Como não ficar sozinho na terceira idade", "Pessoas que nunca se casaram mas são felizes", "Estilos de vida doidos que não dependem de pessoas". Juro pra vocês.

Coitada da Ju que teve que ouvir essa ladainha toda sendo repetida sem parar, mas foi numa mesa de uma pizzaria que ela me disse VERDADES, e acho que não há lugar melhor que uma mesa de pizzaria para VERDADES serem ditas, e tudo mudou.

- MEU DEUS DO CÉU, FELIPE. O MUNDO É MAIS DO QUE ISSO. Mais do que essas pessoas aí que você chama de rapeize. Elas não são sua vida. Existem várias outras pessoas. Dizer que não tem mais ninguém chega até ofender as outras pessoas que se importam com você.

Eu fiquei lá perplexo e impactado, mas disse que só ia digerir aquelas revelações 17 horas depois, preferi digerir só pizza naquela hora mesmo.

***

Ela tinha razão. Além da minha rapeize, que são pessoas que vejo com frequência e que moram a 15 minutos de distância de mim, eu fiz excelentes amigos. No Ensino Médio, na faculdade, no blog, no Twitter/Facebook, no curso de inglês e até no trabalho. Muitas pessoas! Mas, de alguma forma, eu estava olhando apenas para os de perto. Vou culpar Friends por me fazer querer viver essa utopia de amigos íntimos que moram no mesmo prédio e se vêem TODOS OS DIAS após o trabalho num Café confortável. Isso não existe. Quer dizer, pra mim. Minha rapeize nem toma café. O que acontece é que os amigos de longe são tão amigos quanto os de perto. Não são apenas "pessoas especiais" que eu entro em contato quando quero fazer alguma coisa aventureira. Não! São amigos. De chamar pra sair, sim, mas também de jogar conversa fora, falar sobre a vida, dividir segredos e crises, compartilhar vitórias e derrotas e tudo que envolve estar vivo. Eu criei essa barreira mental geográfica sei lá por que. E daí que tenho que pegar 1 ou 2 conduções para vê-los? E daí se eles moram em outro estado? E daí se não posso vê-los todos os dias?

O que estava me matando nessa história de rapeize morta é que eu ficava vendo a vida da rapeize se desenvolver e eu ficando pra trás. Está cada vez mais difícil de eu me encaixar. Agorinha mesmo eles se marcaram todos numa imagem no Facebook sobre um congresso para noivos e estão me perguntando como fazer para comprar ingressos pela internet (eles nunca sabem de NADA que envolva internet além do Facebook). Eu provavelmente jamais irei num congresso desses e isso me deixa pra baixo DE UM JEITO...

Acontece que eu não quero ir num congresso desses. Moramos no mesmo bairro, somos da mesma igreja, conhecemos as mesmas pessoas. Eles seguem aquele comportamento padrão de namorar, casar, ter filhos, sair com casais, trabalhar pra sustentar a família, frequentar cultos na igreja e só. A vida deles é toda essa e não há nada de errado nisso. Mas eu não quero isso pra mim. Não é a minha vida. Eu fico triste por não dar os mesmos passos que eles, sendo que eu NEM QUERO MESMO, mas dá aquela impressão de que estou preso nesse lugar e ficando cada vez mais pra trás.

NÃO É VERDADE.

Posto essa e outras cafonices do bem 

O que eu quero é viver novas experiências, tipo Escalar! Ir numa praia de nudismo! Ver neve! Mergulhar! Riscar A Lista toda! Eu quero ser fluente em inglês, quero escrever boas histórias, quero compor boas músicas. Quero poder explorar minha sexualidade de uma forma que faça sentido pra mim. Quero me engajar em projetos sociais, quem sabe viajar, quero conhecer novas realidades, vidas diferentes das minhas, tipo a Moana que vive numa tribo da Polinésia. E em muitas dessas coisas eu já dei meus passinhos, e acho tudo maravilhoso. Essa é a minha vida!

Aí o filme e a conversa com a Ju encaixaram certinho e faz DIAS que não paro de cantar a música tema (O HORIZONTE ME CHAMA PRA IR TÃO LONGE, SERÁ QUE EU VOU?), porque é claro que EU VOU. A vida na ilha é legal, eu amo a ilha, tem gente boa, galera consegue ser feliz, mas fazer o quê se quero mais? EU QUERO O MAR. Eu vou pra longe ver meus amigos, sim, vou com quem quer ir comigo, vou fazer o que quero com quem também quer, e essas pessoas farão parte da minha vida. Os estilos de vida doidos são mesmo reais, eu achei no Google Hahahahah EU QUERO SAIR DA ILHA.

EU SOU MOANA. DE NOVA IGUAÇU. EU QUERO VIVER.


Estou me sentindo livre & leve. Nossa, gente, um mundo de possibilidades se abriu. Vamos acompanhar.

29 e outras pessoas

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Li um livro tempos atrás, aquele A Lista (Cecelia Ahern), e nele tem uma jornalista chamada Kitty Logan que recebe a missão de descobrir a ligação entre as pessoas cujos nomes aparecem numa lista de cem nomes, sem nenhuma pista. Chega uma hora na metade da história em que ela decide enfiar todo mundo num ônibus e fazer uma viagem para conhecer melhor aquelas pessoas.

Eu, de novo, enfiei em 29 pessoas num ônibus para doar sangue, conheci um pouquinho de cada uma delas e tô me sentindo a própria Kitty Logan. Já contei como foi da outra vez essa aventura, não mudou muita coisa, então eu quis fazer este post ser sobre as pessoas. Porque, CARAMBA, gente é amor demais. Amo pessoas e vou protegê-las.



A Adriana, por exemplo, que trabalha como operadora de caixa no mercado em que fiz as compras para o café da manhã e o almoço para os doadores. Fico meio assim de elogiar mulheres, pois Deus me livre assediar pessoas, mas, como não tinha nada a ver com aparência e sim com um trabalho de excelência, eu TIVE QUE DEIXAR ELA SABER. A Adriana foi maravilhosa. Eu peguei dois pacotes de pães mofados sem ver, e ela me avisou, mandou eu ir trocar. Eu estava todo atrapalhado com aquela muvuca de compra (sou um filhinho da mamãe do caramba, não faço compras), e ela me deu dicas. PEGA UM CARRINHO, VAI COLOCANDO AS COMPRAS, EU TE AJUDO A ENSACAR. Vocês podem achar que não é nada demais, mas nesse mercado as caixas não ajudam a ensacar nada. Depois eu ainda me toquei que esqueci de comprar pratos e talheres descartáveis, e a Adriana "Vai lá pegar, eu passo pra você rapidinho quando você voltar". Adriana, você salvou meu dia. Agradeci mil vezes, ela ficou toda "Imagina". Eu queria dar uma medalha pra Adriana, acho que ninguém se oporia.

Teve o Douglas que me ofereceu ajuda pra carregar mais da metade das compras na moto dele e ainda me ofereceu carona (Socorro).

A Érika me encontrou no meio do caminho depois que recusei a carona do Douglas (eu não tava podendo morrer), gritou meu nome e disse "Felipe! Tanta bolsa! Deixa eu te ajudar" e me ofereceu uma mão e um papo muito bom de 10 minutos.

O dia também foi salvo pela Zel e o Zacarias, que compraram tudo que eu esqueci. Eles ainda me arrumaram o bujão de gás DA CASA DELES quando descobrimos que o da igreja foi roubado em cima da hora (quem rouba bujão, gente?).

Eu bati no portão da casa da Dona Sueli, falei da doação de sangue e tal, mas, quando ela me disse que tinha 66 anos, eu já ia deixando pra lá. A idade máxima é 70 anos e idosos já não têm uma saúde tão boa, né... Tomei na cara quando:

- Ah, ok... Obrigado por me atender mesmo assim
- NADA DISSO, EU SOU DOADORA
- Oi?
- DOADORA REGULAR. E VOU NESSE ÔNIBUS, SIM. EU, HEIN. AINDA VOU ARRASTAR MEU MARIDO E MEU NETO.

Dona Sueli, fiquei morrendo de vergonha, mas bem feito pra mim. Eu sentei do seu lado na volta do INCA e aquele "Tô muito feliz pela senhora existir" foi mesmo de coração.

Sei nem o que dizer pra Antônia e Luiza, que vieram DE LONGE para participar e chegaram antes de todo mundo, apenas que quero guardar vocês num potinho.

"Felipe... O mundo precisa de mais Felipes, sério". A Alessandra me disse isso, e alguém deveria avisá-la que isso é um perigo, pois eu acredito nessas coisas e fico INSUPORTÁVEL.

Gérson e minha Adriana favorita foram estrelas, e eu amo os dois demais. Ele, desse tamanho tendo PAVOR de agulhas, foi o que deu os melhores sorrisos. Ela me ajudou em TUDO. Diz ela que é meu braço esquerdo. Eu acho que ela foi o direito mesmo.

Ainda teve o Sebastião que entrou na sala de doação junto comigo e, assim que foi liberado, ouviu do médico:

- Só não faça muito esforço físico, ok?
- ENTÃO SEXO NEM PENSAR, NÉ, DOUTOR?
- Nada, hoje você pode fazer ATÉ O CANGURU PERNETA
- AGORA EU GOSTEI

Seu Sebastião, eu nunca fiquei tão constrangido em toda minha vida, pois o senhor tem uma cara de anjo do bem, mas espero que tenha transado bastante depois da doação, pois merece demais. Esse negócio de canguru perneta parece meio perigoso, CUIDADO, olha a idade.

Também queria dar um abraço na Mariane que entrou apavorada na sala de doação, ficou doida na cadeira, mas sorriu pra médica e disse IMAGINA, TÔ ÓTIMA quando perguntaram se ela estava bem. Ainda levou duas amigas. Jurou que volta.

E a Maria de Fátima que viu que eu tava mandando todo mundo comer alguma coisa no café da manhã, mas eu mesmo não comia nada. E eu consigo comer quando estou nervoso? Daí ela "Ok, vou colocar umas frutas pra você ir comendo no caminho, tem que comer". E aquela banana salvou minha vida quando me vi COM FOME meia hora depois.

***

Gente me ajudou no recrutamento, no telefone, com as compras, fazendo as comidas, organizando a coisa toda, tirando fotos, dirigindo... Eu quase não entendo quem prefere cachorro a gente.

Também quero citar não apenas Deus, mas também Jesus por botar tanta MAS TANTA gente boa no meu caminho. Dizem que eu atraio com meu jeito, eu fico pensando que é sorte. Duas opções erradas, deve ser tudo um plano mirabolante de Jay-C.

GENTE É BOM, DEUS É MAIS. Eu gosto é assim mesmo.

O VÍDEO DO NARIN

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Vocês acharam que esse vídeo não iria sair nunca, não é mesmo? Pois estavam enganados, eu sempre soube que UM DIA ele aconteceria e, risos, SETE MESES DEPOIS, aqui estou. Ainda tem alguém para assistir?

Se você não faz a mínima ideia do que estou falando, descobri essa chaleira mágica de nariz aqui e a empresa entrou em contato comigo aqui.

AQUI VAMOS NÓS.



Enquanto o vídeo carrega, preciso dizer que estou padecendo de vergonha. Tipo, muita vergonha mesmo. Ok, é só um vídeo no Youtube, hoje em dia todo mundo é youtuber, mas, pra vocês terem noção, "Gravar 1 vídeo" está mesmo na minha Lista. Conta como um desafio pra mim, um dos grandes. Eu sou bem aberto aqui nos textos, faço piada de mim mesmo o tempo todo, mas tenho dificuldade quando o que está em pauta é gente vendo minha cara. Já não lido bem com foto. Com vídeo então...

E também tem o fato de eu não saber NADA de vídeos. Nunca postei nada meu no Youtube, nunca editei, tô caindo de paraquedas no rolê. O vídeo foi incrivelmente produzido pelo... meu celular. Não usei nenhum truque de áudio nem de luz, então vai estar DESSE JEITO aí mesmo.

Tirando isso, eu fiz o que pude. Não acho também que esteja uma morte horrível nem nada, tá bem legalzinho até. Juro que a intenção está 10/10 Hahahahah Futuro como youtuber eu não sei se tenho, acho que meu lance é mesmo escrever. Mas nunca diga nunca, né?

Pessoal do Narin, DESCULPA A DEMORA. Morri por dentro um pouquinho cada dia após o prazo que eu mesmo dei. Espero que o vídeo ainda signifique alguma coisa para vocês.

MINHA ALMA ESTÁ MAIS LEVE AGORA, e minhas narinas... Bom, isso vocês vão ficar sabendo aí no vídeo. Agora que já desabafei todos os meus temores, vou fazer a Hannah e agir como um youtuber de sucesso. QUEM GOSTOU DÁ LIKE, QUEM NÃO GOSTOU SEGUE EM FRENTE.

PS: Me sobraram ainda 2 Narins, pretendo sortear no blog ou algo assim. JOGANDO AVULSO.

Nossa, esse é um cara que escreve

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Eu decidi que este será um ano de escrever. Eu quero escrever muito, mas muito mesmo, quero escrever tudo o que tiver vontade, quero escrever PRA CARAMBA, quero que as pessoas olhem e falem "Nossa, esse é um cara que escreve, olha ali ele escrevendo". Eu tenho metas e tudo, coisa que nunca tive para escrita, além de uma única participação flopada no NanoWrimo. As pessoas vão dizer UAU QUE ESCRITOR? Não sei, isso aí já não é problema meu. Mas que eu vou escrever eu vou.

Além disso, ando colhendo feedback positivo e alguns pequenos frutos das histórias que eu já escrevi, e isso só diz que eu tenho que continuar mesmo e escrever histórias cada vez melhores.


Meu plano de dominação mundial de colocar Não Somos Um no Top 10 do Wattpad falhou, a posição mais alta que a história conseguiu foi o 28º lugar no ranking de Ficção Geral. Mas nem fiquei triste. Na verdade, 28º lugar foi EXCELENTE! Gênios chegou em 68º no mesmo ranking. Eu subi QUARENTA posições! Ou seja, fiquei mais popular. O lance é continuar escrevendo para ter uma base de leitores no Wattpad cada vez mais forte. Acho que NS1 cumpriu bem seu papel, sim.

Tanto que, agora, quem tiver interesse já pode comprar o e-book do meu primeiro livro na Amazon! Sim, já está lá! São 332 páginas, é um livro mesmo, não apenas um conto. Se você caiu de paraquedas aqui no blog agora, pode conferir mais sobre NS1 aqui.

Infelizmente, não consegui fazer o conteúdo extra que eu planejava para colocar no e-book. Planejava criar mini-contos inéditos, mas, quando sentei para escrever, a coisa simplesmente não fluiu. Acho que não consigo escrever sob pressão. Não consigo forçar uma história que não me atropela. Então ficou isso aí mesmo. O e-book de NS1 possui o mesmo conteúdo que está disponível no Wattpad.
***
Agora eu estou trabalhando no segundo conto da Série Não Sei Lidar (baseada nas cafonices que já escrevi aqui no blog), um conto para fazer par com Gênios. Se passa no mesmo universo, mas com outros protagonistas. Já sei até o nome que vai ter, mas falo mais disso depois que tiver terminado.  

***

Gente, e o conto de Natal? Não estava dando muita coisa por ele, mas fez TODA DIFERENÇA na minha vida. Quem me acompanha no Twitter e no Facebook sabe que eu escrevi esse conto para participar de um concurso no Wattpad. Enquanto os jurados ainda estavam avaliando, eu ganhei UM MONTE de novos seguidores. Pessoas chegaram até meu perfil para ler o conto de Natal, gostaram, pularam para as outras histórias, comentaram, curtiram e tenho certeza absoluta que grande parte do sucesso que NS1 teve foi por causa dessas pessoas que nem me conheciam.

E acabou que EU VENCI O CONCURSO! E ganhou o quê, Felipe? Dinheiro, publicação, uma medalha? Bom... nada. Risos. Era um concurso de escritores para escritores, para divulgação e interação no Wattpad. Ganhe visibilidade e fiquei satisfeito. Era mesmo o que eu estava precisando.
Uma vizinha minha leu Aquilo Não Estava Certo e veio falar comigo. "Felipe, li seu conto e fiquei meio intrigada com certas coisas que vi lá. Gostaria de saber a sua opinião de autor mesmo, não a dos personagens... se é aquilo que você pensa de verdade...". O conto de Natal causando. Fica aí o suspense para quem não leu sobre o que deixou minha vizinha tão intrigada


***

Eu postei o vídeo do Narin finalmente no Youtube, e vocês ficaram tudo FAZ MAIS! FAZ MAIS! Não vou mentir dizendo que não gostei, vocês sabem que amo elogios e eles total fazem minha cabeça, acredito em tudo. TALVEZ eu faça mais vídeos...

Eu só fico meio assim porque, bom, o que eu quero ser mesmo é escritor. O meu lance é esse, escrever, mexer com as palavras, fazer as pessoas rirem e refletirem com histórias reais ou não. Meu negócio é este blog atualizado toda semana, meu perfil no Wattpad e meus e-books nas lojas digitais. Então, fazer vídeos é um pouco fora da caixinha pra mim. Mas daí fico pensando... Os youtubers estão todos lançando livros, né? Além daquelas biografias esquisitas, até tem uns publicando crônicas, como a Jout Jout, e romances de verdade como a Pam Gonçalves, o Bruno Miranda... Usaram o canal como plataforma para se tornarem escritores publicados.

Já vi a Pam dizendo mais de uma vez que abandonou o blog dela e foi para o Youtube porque "eu tenho que ir onde meu público está", e faz sentido, né? Eu nem sei se meu público está lá no Youtube, para dizer a verdade. Só sei que é bem doido eu ter que parar de escrever para ganhar fama e poder ESCREVER Hahahah Estou pensando no caso.

Vamos acompanhar e ver onde a coisa toda vai dar.

Currículo de avô

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Estou dando uma de besta e rabiscando uma coisa chamada Projeto Moana, que vocês podem ter uma ideia do que se trata lendo aquele outro texto que publiquei sobre a lição transformadora de vidas que tirei do filme. Daí que, enquanto eu estava pensando em SAIR DA MINHA ILHA, fiz uma coisa totalmente na contramão neste Carnaval: fiquei 5 dias confinado com minha rapeize num retiro da igreja.

Gente, 5 dias offline, com mais ninguém no mundo além deles. SOCORRO.

Verdade seja dita, eu gostei bastante, mas outro dia entro em detalhes. O fato é que, com CINCO DIAS trancafiado dentro da ilha, eu tive que me defender o tempo todo. Foi meio desgastante.

Era impossível fugir das conversas de "e as namoradinhas?" e "Quantos anos você tem que ainda não casou?" quando os casais estavam todos ali ajeitadinhos. Também não tinha como impedir que todos apontassem pra mim como a alma solitária, triste e doente quando todo mundo resolvia se juntar para virar a noite numa farra e eu preferia ir dormir ou ver série.

Talvez você pense: Mas, ai, Felipe, foi para o retiro ver série podendo conversar com as pessoas ao redor, fazer amizades e se entrosar mais?

Sim. Risos.

Gente, que conversas CHATAS. Sou uma pessoa totalmente diurna, mas, se o evento noturno vale a pena, eu até faço um esforço. Esses não valiam. As conversas bestíssimas girando em torno de quem gostava de quem, quem ia ficar com quem (amo crente), brincadeiras infantis... Me sinto um idoso de 72 anos falando isso, mas, sério, Deus me livre. Eu me sinto muito deslocado no meio de mais de 10 pessoas, ainda mais quando elas parecem falar outra língua. Não dá pra falar de livros, de seriados, de experiências da vida (todo mundo mais novo que eu, ninguém saiu da ilha), de cultura pop, ninguém sabe o que é Twitter, acham que a internet é o Facebook, que Jesus é igreja, é uma morte horrível às vezes.

Tava lembrando da última vez que fui dormir antes de todo mundo porque não queria participar de uma brincadeira projetada para arrumar par para todo mundo no retiro, e uma pessoa veio falar comigo.

- Mas, Felipe, o que você vai contar para os seus netos?

Antes de tudo, nem netos eu acho que terei. Risos. Mas apenas desconversei, sabe? Eu poderia responder que, bom, talvez eu possa contar daquela vez que saltei de um tronco de 12 metros e me agarrei num trapézio. Ou sobre quando eu entrei num barco que passou embaixo de uma cachoeira ou quando enfiei mais de 20 pessoas dentro de um ônibus chique para doar sangue. DUAS VEZES. Também poderia contar que vi Lázaro Ramos e Taís Araújo glorificados em cima de um palco e que patinei no gelo, andei de Kart, escrevi um livro, participei de uma corrida de obstáculos, fiz trilhas, fiz rapel, visitei lugares, experimentei comidas diferentes, virei compositor, fiz um monte de amigos e sabe lá mais o que farei até de fato ter meus netos hipotéticos. Eu honestamente acho que é um currículo de avô bastante interessante. Eu ia querer ser meu neto.

O problema de estar na ilha é esse. Você não quer fazer as mesmas coisas que todo mundo faz, então a impressão que fica é que você não faz NADA, que você tem NADA, que sua vida é um NADA. Mas não é verdade, a gente tem sempre que ter isso em mente. As pessoas não fazem mesmo por mal, pelo menos as daqui gostam muito de mim, mas o tempo todo vão vir as alfinetadas, as perguntas para nos deixar desgraçados da cabeça, a realidade para nos deixar miseráveis desejando coisas que nem queremos de verdade...

Não tenho paciência para ficar me justificando o tempo todo, às vezes a melhor resposta é um "ata" da Mônica, mas acho que vou literalmente imprimir minhas realizações pessoais pra distribuir quando a banca avaliadora da minha vida aparecer no retiro da igreja do ano que vem. Ou isso ou já ser Moana o suficiente para passar o Carnaval num lugar totalmente diferente com gente que realmente me entende, com quem eu passaria noite adentro gargalhando e conversando.

Bolinho de salmão transcendental

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Eu nunca dei muita bola pra comida. Eu sei, isso é motivo para vocês soltarem um NOOOOOSSA. As pessoas tendem a ser muito apaixonadas por comida, e eu nunca pude participar do rolê. Às vezes, sinto que como apenas para sobreviver. Tem dias que eu nem janto por pura preguiça. Quando eu invento de almoçar com os colegas de trabalho e eles ficam naquela indecisão para escolher o restaurante, eu vou falando na ordem do mais perto para o mais longe. Porque, pra mim, realmente tanto faz.

Acho até engraçado quando surgem aquelas conversas sobre comida, e as pessoas ficam “Humn, eu faço um canelone que, olha, QUE CANELONE” (nem sei o que é canelone), “E aquela costelinha do restaurante X? Deliciosa”, “Nossa, teve uma vez que eu comi um ensopado de peixe que foi o melhor de toda minha vida”. Eu fico mudo, porque, gente, é só comida. Galera fala como se fosse uma EXPERIÊNCIA TRANSCENDENTAL e até brigam sobre se fica melhor com bacon ou sem bacon. Nem sei identificar direito um bacon.

Claro que eu sinto o gosto das coisas (risos) e tenho lá minhas preferências, mas tá aí um assunto com o qual eu pouco me importo.

Quer dizer, que eu pouco me importava. Vocês sabem que, quando eu entro no recinto, as pessoas falam “chegou o viciado nas experiências” (mentira) , então fiquei curioso para ter minha própria EXPERIÊNCIA TRANSCENDENTAL. Vai que eu estava perdendo alguma coisa? Foi aí que fui no Twitter e gritei GENTE, QUERO COMER COMIDAS BOAS. ME SALVEM. Terminei com uma lista com mais de 10 restaurantes/lanchonetes e agora é minha missão na Terra comer de tudo de bom que há no mundo. Chamo pretensiosamente de Tour Gastronômico.

***

Quando a Ju sugeriu comida japonesa, eu achei meio ARGH. Meio que nunca comi nenhuma dessas comidas de outros países, nenhuma mesmo, elas sempre me pareceram super estranhas, mas, se estamos na chuva... Fomos.

Dizem que comida japonesa é algo difícil de amar de primeira, o preço salgadinho também não ajuda muito, então elas, Ju e Rute, pediram o trem pequeno para eu experimentar. Gente, você olha assim e, apesar de ser visualmente bonito, nada parece de comer.



Leigos falando aqui, não sei o nome de nada, e a primeira coisa que mordi (Ju disse ser um Hot Philadelphia) (cadê o nome japonês?) tinha um gosto de HAMBÚRGUER PODRÃO DA ESQUINA. Posso estar equivocado, mas acho que os cozinheiros não estavam esperando essa reação. Meu paladar refinado etc. Uma delícia Hahahahah Nossa, se não é o podrão, não faço ideia do que tem naquele troço.

Eu nem gosto de peixe, mas aparentemente tudo ali tem peixe e cru ainda por cima. Bate aquele nojo quando a gente pensa a respeito, mas na real? Nem senti peixe ali. Deve ser muito temperado, tem o molho shoyo e o wasabi para ficar ainda com mais sabor, não senti mesmo o peixe.

Tem muita coisinha com arroz, tem aquelas peçonas gordas de sushi de salmão, camarão e atum (basicamente é um bolinho de arroz com um salmão/camarão/atum jogado em cima, achei preguiçoso) que você tem que enfiar tudo na boca. Só o camarão que achei meio ~incomum~ porque vai com rabinho e tudo pra dentro da nossa boca.

Tinha um trem de alga também, que foi o único momento que parei e fiquei “Ai, gente…”. É uma comida PRETA. Não marrom, tipo feijão, mas PRETA mesmo. Deve ser criada em laboratório. Acabou que tinha o mesmo gosto delicinha de todo o resto.

Daí chegou o momento em que mordi o bolinho de salmão, que parece um salgadinho comum até você morder, e, gente, ele é o que eu vou ficar dizendo nas conversas sobre comidas “Menina, comi uma vez um BOLINHO DE SALMÃO”. Jesus Cristo, como uma comida pode ser tão boa? Custa os olhos da cara uma porção pequena, e a gente fica refletindo “Imagina uma coxinha disso”. Ele nem tem cara de comida japonesa, mas foi o que ganhou meu coração. Vai ver existe mesmo essa coisa de EXPERIÊNCIA TRANSCENDENTAL.

Já faz mais de dois meses que fui nesse restaurante e ainda estou falando dele. Mestre Kami fica na Lapa, é meio apertadinho e todos os pratos têm nome de personagens do Dragon Ball Z. Achei sucesso e recomendo. Mas não saiam de lá sem provar o bolinho de salmão.

***

Se você conhece algum lugar no Rio de Janeiro que tem AQUELE prato especial que é o melhor do estado, favor indicar que agora eu tô doido pra conhecer.

Sorteio do Narin!

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QUEM ESTÁ SE SENTINDO COM SORTE?

Porque chegou o dia de você que tem rinite, sinusite e outros problemas horrorosos de nariz poder finalmente ter o seu Narin como eu prometi!



Eu tenho dois Narins para sortear e vai ser aquele sorteio de raiz com o Random.org mesmo. Algumas pessoas já conseguiram chances extras comentando lá na página do Facebook, mas é aqui que a coisa está valendo de verdade.

REGRAS: não há regras.

Mentira.

Você precisa:

1) Comentar qualquer coisa aí nos comentários que deixe claro que você quer seu nome no sorteio.
2) Ter endereço de entrega no Brasil.

Só. Não precisa compartilhar nada, nem curtir nada, só mandar aquele QUERO aqui neste post.

Assim, qualquer pessoa pode participar, mas eu ficarei mais feliz se quem estiver participando for MESMO usar o produto ou dar para alguém que realmente precisa. São duas oportunidades de mudar a vida de duas pessoas de fato, gente. Se você pretende deixar o Narin pegando pó na sua casa, poxa, segue em frente, tem outros sorteios.

Ok? Então ok. Inscrições até sábado 18/03. Resultado na segunda dia 20 na página do Facebook!

***

Se você não faz ideia do que se trata Narin e lavagem nasal, eu já escrevi sobre isso aqui e fiz um vídeo aqui.

Boa sorte!

GOOD VIBES GATE

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Tenho notado que Juliana Fina Flor vem tentando derrubar minha reputação de pessoa positiva, good vibes e de bem com a vida faz um tempo, então hoje estou aqui para ajudá-la  e desmistificar  minha personalidade. Eu juro que não faço de propósito, mas às vezes (sempre) eu acabo me colocando como um ser de luz, paz e amor na internet. A Juliana me conhece fora daqui, então ela sempre fica A-HÁ! VIU? VOCÊ NÃO É TÃO GOOD VIBES COMO DIZ! cada vez que eu respiro perto dela. Resolvi abrir o jogo logo.

VAMOS LÁ.

Eu sou gente. Já começa por aí o escorrego na bacia.

Eu não aplaudo o sol de verdade. Na verdade, alguém faz isso? Eu adoraria presenciar esse momento. Gosto muito de acordar cedo, total sou uma pessoa da manhã e dou meu reino por um dia de sol onde eu possa dar uns rolês ao ar livre, mas aplaudir mesmo eu nunca fiz não.

Eu realmente gosto das segundas-feiras? Verdade. Nossa, acho que é meu dia favorito. Me bate aquela sensação de recomeço, de tudo é possível, de que eu sou uma pessoa completamente nova e capaz. É o dia que eu ressuscito todos os meus projetos especiais e começo a assistir séries novas.

Chego no trabalho cantando. Só não danço porque não sei. Mas é porque eu vivo cantando, então eu chego cantando em TODO LUGAR. Em casa, no ônibus, na igreja, no hospital, no cemitério...

Eu gosto da ideia de uma criança, mas, entre todos os tipos de pessoa, é um dos meus menos favoritos. Gosto de ouvir e ler histórias sobre crianças, acho bonitinhas as fotos e tal, mas não rola muita interação quando estamos no mesmo recinto. Prefiro evitar. Eu finjo que não estou vendo quando uma criança aleatória no colo de alguém começa a brincar comigo. Tenho pavor quando chega alguém com um bebezinho e fala OLHA AQUI O TIO FELIPE, DÁ OI PRO TIO FELIPE. Fico total sem reação, acho que a pessoa quer que eu faça aquela vozinha infantil, mas só por cima do meu cadáver.

Me importo com a natureza menos do que deveria. 

Não sou apaixonado por animais, mas tenho amigos que são. De vez em quando, eu me encanto por um bicho ou outro, mas aquelas campanhas de SALVEM OS ANIMAIS nunca tocam meu coração. Acho que eu sou mais de salvar pessoas mesmo, mas super de boas vocês salvarem quem vocês quiserem.



Eu fui muito ogro numa vida não muito distante dessa, então de vez em quando cometo algumas ogrices. Na verdade, às vezes eu faço um esforço real para ser gentil e tranquilo, mas azar de vocês que me encontram quando estou muito cansado, pois não sobra energia para muitas gentilezas.

Amo gente, mas há pessoas que são umas chatas do caramba mesmo. Evito mais que crianças.

Realmente detesto violência. Qualquer arremedo de briga e discussão acalorada já me dá um desgaste emocional muito grande, então evito o Facebook sempre que possível, me retiro do recinto e tudo. Acho que eu sou mais pacífico do que deveria. Não gosto de ver ninguém sendo punido, mesmo quando a pessoa supostamente merece.

Peguei um ranço enorme de sarcasmo. ENORME. Aliás, ranço é uma coisa que me pertence, ainda não alcancei a iluminação suficiente para me livrar dele.

Não sou VISIVELMENTE feliz, sabe? Eu sei que, quando escrevo, passo a impressão de ser um labrador humano, de que ando sorrindo na rua (às vezes eu ando mesmo), falo com todo mundo e abraço desconhecidos, mas sou bem na minha. Em muitos lugares que frequento, as pessoas acham que sou mudo. Meu chefe dia desses disse que sou "sombrio".

Eu gosto muito de me jogar de cabeça nessas coisas de Jesus, mas aparentemente é muito incomum um cristão botar em prática o que Cristo disse, daí as pessoas ficam ADMIRADAS com meu comportamento, às vezes. Como se eu estivesse inventando alguma novidade, sendo que Jesus já fez e disse tudo há mais de dois mil anos.

Pra desmistificar mais ainda, já contei sobre minha vida comum e sobre meus defeitos. Agora venham me abraçar pois nóis é tudo humano.

***

ESTÁ FELIZ, JULIANA? EU ESPERO QUE SIM.

PS: O título do post veio deste tweet da Lilian, pois me fez rir demais.

PITONEI na escalada indoor

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Mais um oferecimento da Lista para este blog, teve um dia que eu estava à toa com vontade de fazer alguma coisa que eu não sabia o que era. Fui fuxicar a Lista, e a resposta apareceu: ESCALADA INDOOR.

 Lizzie topou a cilada do bem

Eu não lembro quando nem como isso entrou na Lista, mas a escalada indoor, como o nome já diz, é aquela que você faz em lugares fechados, naquelas paredes artificiais. Me amarro nessas coisas que qualquer um pode fazer mesmo sendo um pseudo nerd sedentário como eu, então montei minha cilada do bem, arrastei pessoas e fui.

GENTE. É bem mais difícil do que parece.

Na primeira vez que você tenta subir nas pedras (o nome correto é agarras, mas eu chamo do que quiser) e vê que o buraco é mais embaixo, a vontade é dizer "Moço, será que rola devolver meu dinheiro?". Mas, quando você insiste, descobre que é humanamente possível.

Ou seja, é mais difícil do que parece, mas mais fácil que esse difícil -q



Me exigiu uma força no braço que eu nem sabia que tinha. No fim da aventura, meus membros superiores eram feitos de geleia. Também tem que usar uma sapatilha que aperta seu pé com aquela ponta petrificada.

(Um dos melhores momentos é quando a gente SAI DE LÁ e pode tirar a sapatilha)

MAS TÃO LEGAL. Juro.

A gente não escala no dia a dia, né? Então achei o máximo. Descobri esse Evolução em Botafogo (30 reais a diária, você pode ficar lá o dia todo até morrer) (fico umas 2h quando vou) e funcionou muito bem pra mim. Existem aquelas escaladas de altura, com cordas e tal, que você tem que chegar ao topo, mas as do Evolução são horizontais. Você vai de uma ponta da parede à outra. O percurso nem é muito longo, mas é desafiador. De 20 tentativas, acho que só consegui atravessar tudo umas 5 vezes, contando os três dias que já frequentei. Tem as paredes mais inclinadas, tem as vezes que simplesmente não há onde colocar o pé e você faz uma oração ao menino Jesus enquanto descobre como lidar, tem pedras MÍNIMAS que depois você percebe que dá para colocar o pé sim e as agarras que parecem horríveis, mas servem de encaixe para sua mão perfeitamente. Tem toda uma estratégia e técnica naquele muro (que eu ainda não descobri, risos). O chão é todo acolchoado, então ninguém morre se cair lá de cima (não é tão alto também).

É legal que tem muita gente lá que já é ninja e você percebe que existe mesmo uma técnica. As pessoas tudo doida escalando de cabeiça pra baixo. Alguns são ~escaladores~ profissionais ou sei lá o quê, e é a coisa mais fascinante do mundo ver dois deles conversando, porque você não entende NADA, parece outro idioma. "Não, porque o bidedo e não sei o que lá, usei o grigri e blábláblá e pitonei sei lá o quê". 

PITONEI. 

No horário que eu fui (à noite), sempre tem uns iniciando também, então acho bem democrático. O espaço é pequeno e às vezes a gente dá um tempinho para que os outros possam usar as paredes, mas é o tempo de espera perfeito pra você respirar e recuperar a força nos braços. Tem umas paredes mais desafiadoras que outras, há um espaço separado só para os ninjas, eu fiquei só nas básicas mesmo e achei satisfatório.

Eu pitonando com a Raquel também

É verdade que eu não vi nenhuma pessoa gorda lá, como tinha no Crossfit, então não sei se o peso é uma coisa que realmente conta. Mas tem umas pessoas que você jura que passam o dia todo no computador e têm asma, mas escalam que é uma beleza. Não precisa ser fitness pra ter sucesso.

Tudo nesse blog eu recomendo DEMAIS, né? Pode ser que a escalada não seja uma coisa para todos, mas acho que uma tentativa vale, sim. Eu me diverti a beça e adoro levar gente lá. Acho que o Evolução já pode pensar em me pagar alguma comissão. Vamos pitonar juntos, gente!

(Não faço ideia do que essa palavra significa, mas certeza absoluta que não é assim que se usa)

***

Ei! O Museu do Amanhã acha que eu compartilhar minhas experiências VALE OURO (sério, ele me disse), então, se você quiser me ajudar, compartilhe esse OURO texto nas suas redes sociais para que mais pessoas possam saber que escalada indoor é legal! OURO OURO OURO
Se você é do Rio, marque um rolê, marque seus amigos me chamem, tem cara de sucesso pra mim :)

PS: Saiu no Facebook o resultado do sorteio dos Narins!

O melhor jeito possível de assistir Survivor

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Já posso ter comentado casualmente que Survivor é o melhor reality show de todos os tempos, então é provável que vocês já saibam. Sempre que eu falo do jogo, alguém diz “Nossa, parece interessante, são quantas temporadas?”. Aí eu respondo e a pessoa nunca mais toca no assunto.

34 temporadas.

TRINTA E QUATRO.

De 15 episódios de 45 minutos cada uma, o que, fazendo a conta, dá um total de: muitas horas. Assusta, desanima e acaba que ninguém vê nada.

Daí, como embaixador autoproclamado de Survivor no Brasil, resolvi fazer um roteiro pouco pretensioso chamado de O MELHOR JEITO POSSÍVEL DE ASSISTIR SURVIVOR (by Felipe Fagundes). Eu mesmo comecei a assistir tudo errado, perdi vários plots históricos, perdi linhas de pensamento, peguei spoilers, mas finalmente entrei nos trilhos e encontrei a luz. Vamos ver se vocês encontram também.


Se você não faz ideia do que seja Survivor, já expliquei do que se trata aqui.

O lance é: POR ONDE COMEÇAR?

Acho que Survivor é o único contexto que a resposta pra essa pergunta não é “do começo”. Gente, não tem condições de você querer assistir TODAS as temporadas em ordem e ainda permanecer de pé. Com 34 temporadas, o jogo começou de um jeito, mas já foi muito refinado. Novas regras, novas reviravoltas, a edição foi ficando mais esperta… Então pode ser um balde de água fria assistir Borneo (temporada 1) com os participantes ainda muito ingênuos e a imagem toda borrada.



Acontece que, se você resolver assistir a temporada atual (Game Changers, S34), também não vai ser uma boa ideia, porque é uma temporada especial com ex-participantes, alguns que já até venceram o programa, muitos deles tem relacionamentos passados que influenciam no jogo. Vendo algumas das temporadas anteriores, você aproveita muito mais as temporada especiais, sem tomar spoilers. E há várias temporadas com retornantes. Tem gente jogando Survivor pela quarta vez!

Sendo assim, selecionei e ordenei o que considero as temporadas mais importantes e divertidas, que vão fazer valer o seu tempo e te dar conhecimento histórico para as temporadas futuras e principais referências entre os fãs.

O ROTEIRO

S33 – Millennials Vs Gen X
S28 – Cagayan
S07 – Pearl Islands
S15 – China
S16 – Fans Vs Favorites
S19 - Samoa
S20 – Heroes Vs Villains
S25 – Phillipinnes
S30 – Worlds Apart
S31 – Second Chances
S32 – Kaoh Rong
S34 – Game Changers

Claro, esse é um grupo muito reduzido de temporadas, mas, na minha opinião, é o suficiente para ficar por dentro dos principais momentos clássicos, conseguir acompanhar as melhores temporadas segundo os fãs (S16 e S20) e ser feliz assistindo junto com todo mundo.

***

S33 – Millennials Vs Gen X: Temporada muito recente e, gente, o nível de jogo é muito alto. Teve ídolo de imunidade, eliminação nas pedras, personagens carismáticos… O primeiro episódio eu achei meio qualquer coisa, mas depois rendeu DEMAIS. Certeza que muita gente dessa temporada vai voltar no futuro (dois já voltaram na temporada seguinte). Millennials são as pessoas de 20 e poucos anos, Gen X é a geração anterior, com a galera de 30+. Um embate de gerações.

S28 – Cagayan: Tem a minha premiere favorita de todos os tempos e eu nunca vou superar as risadas que eu dei. São 3 tribos dessa vez, Brawn (Músculos) Vs Brain (Cérebro) Vs Beauty (Beleza), que agregam pessoas cujas carreiras profissionais encaixam em um desses rótulos. Depois a gente descobre que tudo se mistura e rótulos não querem dizer nada. Essa temporada nos deu personagens icônicos e uma meia dúzia de retornantes.

S07 – Pearl Islands: A gente pode estranhar um pouco, porque, né, SÉTIMA temporada, lá atrás. Mas é uma temporada clássica necessária e rende demais. Tem todo um contexto de pirata que é legal de ver. 2 participantes dessa temporada se tornaram MUITO populares, já voltaram trocentas vezes.

"EU POSSO FALAR ALTO TAMBÉM"

S15 – China: Um momento clássico na história de Survivor, muitos participantes populares. E PROVAS NA LAMA.

"Eu não gosto das pessoas mais do que não gosto do Todd e da Amanda, e acho que eles confundem isso com amizade"



S16 – Fans Vs Favorites: Colocaram pessoas viciadas no jogo para jogar contra ex-participantes populares, o resultado foi maravilhoso. Você vai ficar meio perdido vendo ex-participantes que você não conhece, mas dá para seguir de boas. É nessa temporada que surge a INCRÍVEL Brigada das Viúvas Negras, que é a melhor aliança que esse jogo já viu. Também tem a jogada mais burra de todos os tempos e 483749743 momentos que são lembrados até hoje.

S19 - Samoa: Eu mesmo não vi (ainda), mas vocês darão gostosas risadas quando assistirem a S20 logo após essa. Acho importante que vocês conheçam Russel RANÇO Hantz.

S20 - Heroes Vs Villains: Survivor tem mesmo toda uma história, parece ficção, e com 19 temporadas eles já tinham vários participantes para separar entre heróis e vilões. TEMPORADA ICÔNICA. Nem sei o que dizer, apenas sentir. Melhor reunion de todas.

S25 – Phillipinnes: Conheçam o dragão brasileiro Abi-Maria Gomes.




S30 – Worlds Apart: 3 tribos, Blue Collor (pessoas que colocam a mão na massa) Vs White Collor (gente que manda) Vs No Collor (galera good vibes que cria o próprio caminho). Muita gente volta dessa temporada também.

S31 – Second Chances: Todos os participantes estão jogando pela segunda vez (óbvio), e meio que estão de volta para reescrever a história deles. Gente que perdeu o jogo no passado por causa de 1 decisão mal tomada ou um golpe de azar ou, enfim, circunstâncias adversas. Dá um dó danado ver alguns serem eliminados sem ter alcançado uma redenção, mas teve gente que FLORESCEU.


S32 – Kaoh Rong: Segunda edição do Brawn Vs Brain Vs Beauty, achei maior sucesso.

S34 – Game Changers: Temporada atual com ex-participantes que movimentaram o jogo de alguma forma nas temporadas passadas. Alguns vencedores, uns finalistas, tem tudo para ser sucesso (tem sido, até agora).

***

UFA! Estou há um tempão querendo escrever esse post, agora ele está aí para a posteridade. Se você também é fã de Survivor, me diz aí se acha que ficou faltando alguma temporada importante ou sabe de uma ordem melhor. Há umas temporadas bem ruins, principalmente entre as antigas. Alguns participantes excelentes estão nelas, mas aí vai de cada um assistir só por causa de um ou outro fulano.

Espero que esse guia sirva! E ASSISTE LOGO PRA GENTE COMENTAR.

SÉRIO! 

Obrigado.

Lorde is the sun

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A Lorde divulgou Liability dia desses, e eu parei para ouvir... Daí eu ouvi de novo, prestei atenção na letra, ouvi mais, procurei a tradução, fiquei obcecado ouvindo, li textos sobre e até hoje não superei o quanto essa música é boa em acertar alvos que quase nenhuma outra acerta. A Lorde é alguém que a gente simplesmente respeita.



Eu nunca estive no lugar da menina sobre qual a letra canta, mas, gente, a Lorde joga a gente LÁ DENTRO da dor. A historinha é até bem básica. A menina está voltando pra casa, bem triste, depois de levar um pé na bunda, mas não um pé na bunda qualquer, mas aquele SENHOR pé na bunda.

He don't wanna know me
Says he made the big mistake
Of dancing in my storm
Says it was poison

Ele não quer me conhecer
Diz que cometeu o grande erro
De dançar na minha tempestade
Diz que foi veneno

Não foi só um "Então, amor, não está dando certo pra gente". Não. Ele diz que o relacionamento deles foi um VENENO, que ela é uma TEMPESTADE e, acho que o pior, diz que ela é um FARDO, que é o que dá nome à música.

They say: You're a little much for me
You're a liability
You're a little much for me
So they pull back, make other plans
I understand, I'm a liability
Get you wild, make you leave
I'm a little much for
E-a-na-na-na, everyone

Eles dizem: Você é um pouco demais para mim
Você é um fardo
Você é um pouco demais para mim
Então eles recuam, fazem outros planos
Eu entendo, sou um fardo
Te deixo louco, te faço ir embora
Sou um pouco demais para
E-a-na-na-na, todo mundo

Assim, eu nem conheço o casal, não sei do passado deles, vai ver Lorde aprontou mesmo todas, mas sei que o cara bagunçou com ela todinha, tanto que ela enxerga um padrão das pessoas a abandonando por ela ser difícil demais de lidar. Nem vou entrar nesse mérito, até porque acho que a conclusão fica no ar, ela denuncia que as pessoas a tratam como um objeto, mas também diz que entende o peso que é. Fica aí o suspense.

Mas o que me deixou orgulhoso pela menina, pela Lorde, pela música é que, ok, ela volta triste pra casa, mas para abraçar a si mesma. Doeu, mas ela não se vê como um lixo, ela sabe que é complicada, mas sabe apreciar a si mesma.

So I guess I'll go home
Into the arms of the girl that I love
The only love I haven't screwed up
She's so hard to please
But she's a forest fire
I do my best to meet her demands
Play it romance, we slow dance
In the living room, but all that a stranger would see
Is one girl swaying alone
Stroking her cheek

Então acho que vou pra casa
Para os braços da garota que amo
O único amor que eu não arruinei
Ela é tão difícil de agradar
Mas é um incêndio florestal
Dou o meu melhor para atender às suas exigências
Romantizo, dançamos lentamente
Na sala de estar, mas tudo o que um estranho veria
Seria uma garota balançando sozinha
Acariciando seu próprio rosto

Lorde é THE SUN, O SOL. Ela sabe que é. Quando tudo vai embora, ela é quem fica. Não importa o que aconteça, a vida dela continua. A vida é DELA, e ela existe até morrer. O sol não pode viver em função dos outros planetas. Tem muita coisa importante nas nossas vidas, eu sei. Família, trabalho, estudos, relacionamentos, finanças, religião, imagens... Mas tudo isso pode desmoronar e, AINDA ASSIM, você vai ser você e sua vida continua. Sua família pode te abandonar, você pode ser demitido, pode ser jubilado, pode ouvir que é um FARDO de todos os relacionamentos que teve, podem arrancar de você tudo de bom ao seu redor ou você mesmo pode abrir mão de todas essas estruturas que parecem super importantes agora... Mas não são tanto assim, porque você vive além delas.

No fim do dia, aquela catástrofe que parece ser perder alguma coisa ou a opinião negativa de uma pessoa que você considera tanto não acaba com a sua vida. Claro que dói. Mas, querendo ou não, a vida segue, e acho que o mais importante é fazer que nem a Lorde e desaparecer dentro do sol, essa coisa que você nunca vai perder.

O norvana da família

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Eu estava todo animado para um rolê LEGALZÃO com os meus amigos até que notei que caía numa sexta-feira. Nada contra sextas, até tenho amigos que são, mas essa sexta em especial seria o aniversário da minha mãe.

Não dou a mínima para aniversários, mas a minha mãe merece tudo de bom que há no mundo e eu fiquei AH NÃO. Aí eu tive que lapidar a tradição do meu jeito especial e combinei o seguinte: ANIVERSÁRIO A SEMANA TODA. Por que apenas 1 dia de aniversário se minha mãe está de parabéns e merece a semana inteira? Ela topou e lá fomos nós.

Amei minha mãe via todas as cinco linguagens do amor, até porque eu tive que ser criativo. Fizemos 3 comemorações, 2 festas, muitas homenagens e presentes! Confesso que, no final, nem eu nem ela aguentávamos mais e no sábado a gente já estava CHEGA. Risos.

O trabalho da minha mãe tem uma escala meio doida e nem todo dia a gente consegue se ver, então eu tive a ideia de, nesses dias, fazer coisas especiais à distância. Juro pra vocês que quase mandei um carro de telemico telemensagens lá no trabalho dela Hahahahah Pedi para algumas poucas pessoas da família, as mais próximas, gravarem um vídeo parabenizando minha mãe e tal, coisa pequena, de 30 segundos cada um, daí eu ficaria o dia inteiro mandando esses vídeozinhos para ela se sentir amada ao longo da semana.

Eu só tinha esquecido o quanto minha mãe é AMADA. Acho que os vídeos impactaram mais a mim que a ela.

Gente, não parava de chegar vídeo. Eu pedia pra 1 pessoa gravar, ela mandava o dela e falava "Ah, mas o fulano ficou sabendo e quer gravar também, peraí", aí vinha o vídeo do fulano e mais 5. Teve vídeo de gente que eu nem sabia quem era??? Minha família tem uns núcleos brigados, mas todo mundo parou pra participar. Tem uma prima minha que fugiu de casa ou sei lá o quê, mas ela mandou vídeo lá do lugar secreto dela Hahahahahah


Eu falei "Gente, pode ser pequeno, 30 segundos está bom", porque minha ideia inicial era juntar tudo num vídeo só, mas galera se empolgou. Teve gente comentando cada ato de amor da minha mãe, gente lendo a Bíblia (amo crente), bebês cantando parabéns, minha avó já bem velhinha desejando feliz ano novo por engano (Hahahahah <3), minha irmã cantando aquela música da Ana Paula Valadão (aquela de sempre)... Deu quase meia hora de vídeo. SOCORRO. Nunca vou ter esse social da minha mãe.

Minha mãe é o norvana da família.

E, gente, as declarações. Em mais de um vídeo teve gente emocionada agradecendo minha mãe por ter salvado a vida deles, que sem ela eles não estariam ali. Todo mundo elogiou a amizade e a prestatividade. Veio um monte de "Você foi a ÚNICA que". Maior saia justa com os sobrinhos e irmãos dizendo que minha mãe é a tia/irmã favorita deles, NÃO QUE OS OUTROS SEJAM RUINS (deixaram bem claro), mas minha mãe é o amor maior mesmo.

Sim, vocês pensem numa coisa bem cafona mesmo. O impacto que teve em mim, enquanto assistia pra editar, é que aquelas cafonices eram todas verdades. Não era da boca pra fora. Existe mesmo uma pessoa na família que é unanimidade de ser a melhor pessoa, e essa pessoa é minha mãe. MINHA MÃE. Gente, eu sou filho dela!!! Eu moro com ela!!! Eu tenho muita sorte!!!

E é só isso mesmo. Queria deixar essa semana registrada.

***

Eu tenho essa impressão de que eu me sinto amado na maior parte do tempo, de que minha autoestima é ok e que não tenho a maioria das questões que outros têm por causa dela. Eu sempre tive apoio, carinho, abrigo, sustento, atenção e respeito. Sério, nada disso nunca me faltou, acho que isso me deu condição suficiente de atravessar adolescência e esse começo da vida adulta sem grandes complexos. Ou seja, devo tudo a ela. Faria festa o mês inteiro se ela quisesse. 

(Graças a Deus que não quis Hahahah Gente, festa me cansa)

E se Hannah Baker fosse uma mala sem alça?

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Eu tô me sentindo meio assim no rolê de 13 Porquês (Ou 13 Reasons Why).




Mas acontece que eu já li o livro há séculos, e aquele troço, apesar de bom, me deixou muito mal das ideias, então estou evitando a série. Recomendo esta estratégia. A história é sobre Hannah Baker se suicidando, mas deixando para trás fitas cassetes contando os 13 motivos que a levaram a fazer isso. Os 13 motivos são 13 pessoas, então vocês já imaginem aí as bad vibes nas pessoas que vão ouvir as fitas. Apenas: DEUS ME LIVRE.

Dana me representando


Aí rola a galera se identificando muito com a Hannah, porque eu acho que todo mundo alguma vez na vida já se sentiu brutalmente excluído ou sofreu bullying ou se sentiu um peso para todos e tal, porque é meio que um sentimento universal, mas acho que o que a história grita mesmo é OLHA COMO VOCÊ TRATA AS PESSOAS.



E de uns tempos pra cá eu tenho olhado MUITO para a forma com que eu trato as pessoas e, gente, é muito cansativo. Eu estou pertinho de achar que é uma tarefa impossível. A própria Hannah Baker já teve ter cagado pra alguém vez ou outra.

Existem vários motivos para uma pessoa cometer suicídio, mas, exceto pelos que envolvem transtornos psicológicos, acho que podemos resumir em falta de se sentir amado (inclusive por si mesmo) e solidão. Estou vendo os comentários no Twitter, e a galera tirando lições de vida, tipo "Seja gentil", "Dê valor às pessoas", "Escute os outros", "Saiba que todo mundo vive uma luta", "Dê atenção"etc, tudo isso é muito bom, mas você já tentou fazer isso 24 horas por dia? Tenta lá e depois me fala.

***

Uma coisa é que minha lista de Viver Pessoas vai muito bem, obrigado, só que eu tive que fazer uns ajustes. Na empolgação, eu saí colocando o nome de várias pessoas que amo e acho legais, mesmo de longe, pessoas que eu queria que SOUBESSEM que são amadas por mim. Não queria ver nenhum dos nomes da lista se sentindo sozinho, queria ser amigo de todos, bater papos profundos, jogar conversa fora, compartilhar risadas, sair junto, apoiar no que fosse preciso... Deu quase 50 nomes. Daí comecei a mandar mensagens, puxar assunto, interagir nas redes sociais, convidar para rolês e tal, e o resultado foi que...

... eu quase morri de exaustão.

Eu não consigo dar atenção para 46 pessoas do jeito que eu queria e que acho que elas merecem. Não consigo ver e ouvir todas elas, não consigo ficar batendo papo, não tenho tempo para encontrar com todas com frequência, mal acho que seja possível rolar um "Tudo bem?", "Tudo" diário. NÃO DÁ. É muita gente para pouco Felipe. Todo mundo tem mesmo uma luta, e a gente não consegue se enfiar em todas as batalhas.

Com dor no coração, eu tive que cortar nomes. E depois cortei mais. E depois mais! Agora eu tenho menos da metade do que eu inicialmente queria e ainda acho que é muito.




***

Outra coisa é que gente chata existe e eu passo por um dilema moral enorme toda vez que tenho que lidar com uma. Principalmente depois que encontrei Jesus em todos os lugarespossíveis, eu ganhei respeito por todas as pessoas, porque Jesus as ama, então eu amo também. Elas são importantes. Não quero que ninguém sofra. Então eu faço de tudo para não deixar ninguém para baixo. Eu tento ouvir, eu tento dar atenção, tento ser o ombro amigo, o porto seguro, tento ser aquela única pessoa que se importa mesmo quando ninguém dá a mínima...

Mas vocês já pararam para pensar: E se Hannah Baker fosse uma mala sem alça?

Pessoa com papo chato, folgada, abusada, que te irrita por N motivos, que bagunça com a sua sanidade mental, que não parece se importar com você da mesma forma que quer que se importem com ela ou simplesmente aquele santo que não bate... Por mais que eu queira que a pessoa seja feliz, eu quero que ela seja feliz longe de mim. Mas vai que é essa pessoa que está cogitando suicídio?

Aí penso no que Jesus faria, em 13 Reasons Why e em gente se sentindo solitária e não amada e o que rola é que eu acabo virando refém das pessoas. É tipo aqueles relacionamentos abusivos que uma pessoa fala SE VOCÊ TERMINAR COMIGO, EU ME MATO, só que apenas na minha cabeça. E eu vou arrastando isso por muito tempo, vai me matando aos pouquinhos até que um dia eu dou um BASTA e fico me sentindo culpado porque acabei de matar a Hannah Baker.

***
Em algum lugar aí eu sei que a gente tem que enfiar um equilíbrio. Não tem como tratar todo mundo como um bibelô de porcelana, mas a gente tem que saber quando aquela chacoalhada nos sentimentos vai ser DEMAIS. Mas nós que somos duros ou a pessoa que é mole? Ou cada um é de um jeito? Ai, as questões são tantas para colocar tudo numa série...



Não tem nada a ver com o post, mas adivinha quem postou vídeo novo essa semana? EU MESMO. Me deu vontade de falar sobre aquele desconforto não tão leve assim que alguns (eu) sentem ao comer na frente de outras pessoas, então falei. Também teve eu morrendo de vergonha da minha vizinha estar escutando tudo, tenho que me adaptar a essa vida de Youtuber :P


Essa tal culpa cristã

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Se você cresceu dentro de uma igreja, provavelmente já ouviu muito sobre inferno. Até contra sua vontade, você sabe bem todos os jeitos de ir para lá. Também bate aquele medo de Jesus voltar para buscar seu povo e você ficar para trás porque, bom, você sabe que disse um palavrão cabeludo dia desses. Mesmo que você nem seja mais religioso, você sente na alma quando faz alguma coisa que te manda direto para o fogo eterno.



Se você mente, culpa. Se você bebe, culpa. Culpa quando você transa antes do casamento. Culpa dupla se você for gay. Tem gente que nem consegue ouvir música além da gospel por causa dela, a culpa. É respirar, e: culpa.

Andei observando, e a culpa cristã é mesmo um sentimento quase unânime entre pessoas que frequentam igrejas, principalmente adolescentes e jovens. Inclusive aqueles que decidiram cortar os laços com esse tipo de fé e procurar novos caminhos. Dia desses li um relato sobre este assunto e foi tão bem escrito que a gente sente a agonia que é viver sob a culpa cristã. Já vi muita gente comentando no Twitter, meus próprios amigos de igreja e acho que 90% de todos os crentes com os quais bati papo na vida.

E isso me deixa REVOLTADO.

Até fiz piada com a culpa cristã em Não Sei Lidar com Gênios, porque tem algo de cômico em sentir culpa pelas coisas mais bestas, mas, ainda assim, REVOLTADO.

Vocês sabem que eu vou falar dele.

Outro dia me acusaram de ter criado um "evangelho segundo Felipe", risos, mas juro que li a mesma Bíblia que todo mundo. Jesus não tem NADA a ver com isso de culpa, gente.

Igreja tem a ver com seguir regras.
Pessoas tem que ser boas para entrar no céu.
Quem faz coisas ruins vai para o inferno.

Se você aprendeu e acredita em qualquer uma dessas coisas, você ainda não conhece Jesus do jeito que deveria. FATO. Culpa cristã é uma coisa que não existe em Jesus. Eu sei que todo mundo tem uma história triste com igrejas, eu mesmo tenho minhas desavenças, mas essa legião de pessoas culpadas e afastadas é o que mais me deixa furioso com a instituição, porque JESUS NÃO MERECE ISSO. Os seguidores estragaram o rolê.

Ser cristão, no sentido de seguir Jesus, é, veja só, liberdade. Aquele lance dele ter morrido na cruz não foi à toa. Se você merece a morte e ir para o inferno por causa de algo errado que fez, acredite, ele pagou o pato no seu lugar. Já foi. Passado. Ele te ama por você ser quem é, ele sabe que você não é perfeito e não cobra agora isso de você. Jesus não está julgando você. Se você se sente julgado, não é por Jesus. Talvez as igrejas te julguem, pessoas são doidas, mas Jesus não. Se você precisa de Bíblia, toma Bíblia:

E se alguém ouvir as minhas palavras, e não crer, eu não o julgo; porque eu vim, não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo 
(João 12:46,47)

Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve 
(Mateus 11:28-30)

Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele 
(João 3:17) 

De onde as pessoas tiram que seguir a Jesus é um PESO e por que elas se sentem tão culpadas o tempo todo é um mistério.

Vai muito de você acreditar que precisa de Jesus para viver. Você precisa, mas ainda não sabe, então OK, desculpa a minha condescendência. Não escrevi este texto para força nada. Se um dia você estiver interessado em saber, apenas entenda que a fé cristã baseada em Jesus diz respeito ao relacionamento com ele.

FUNCIONA ASSIM: Você resolve aprender sobre ele, você involuntariamente se apaixona por ele, você passa a acreditar nele e continua aprendendo dele. FIM.

Não é a culpa que te guia até ele. É o amor. Jesus é tão bom, MAS TÃO BOM que chega a te constranger. A gente fica "Cara, ele MORREU POR MIM, eu nem merecia, POR QUÊ?". Porque ele te ama muito assim. E não estou dizendo que é fácil, mas a dificuldade toda é que desde pequenos somos ensinados a dar valor a certas coisas que não possuem valor algum, daí Jesus chega e põe tudo de cabeça para baixo. É um desapego intenso, o tempo todo você se sente desafiado a se tornar uma pessoa que você mesmo reconhece como melhor.

Talvez apareça um crente aqui dizendo AH, MAS A GENTE TEM QUE SER SANTO, TEM QUE FAZER AS COISAS CERTAS, SIM.

E quem segue Jesus vai fazer algumas coisas certas e boas. Duvido que todas, mas algumas. Porque ele te muda. Não de um jeito abusivo, mas de uma forma que você QUER que ele te transforme, de um jeito que você fica feliz quando acontece. Se existem (e existem) coisas em você que não fazem bem à sua própria pessoa e aos outros, você e Jesus vão trabalhar juntos para fazer melhor. Mas um dia é inevitável que seus dias na Terra acabem, então talvez não dê tempo de você resolver todas as suas questões e ficar 100% tinindo na perfeição, mas Jesus não liga.

Porque não é sobre as coisas que você faz, é tudo sobre o que ele fez e é. Pelo amor de Deus, deixe de ser egocêntrico.

***

Se você acha que Jesus é lorota, que não precisa dele na sua vida e tal, beleza, vida que segue. Mas, se você é desses que vive debaixo da culpa, que teve que abandonar a fé porque achou que era impossível de seguir, se você é desses que chutou o balde porque a igreja te bagunçou todo, AMIGO, essas são as boas novas. Jesus te livrou da culpa.

Fulano famoso é gay!

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ATENÇÃO: Este texto tem spoilers de Survivor Game Changers 34x07,"What Happened on Exile, Stays on Exile".

Geralmente, quando um episódio de Survivor acaba, eu fico em choque, mas aquele choque bom, do tipo, meu deus, como essa coisa incrível acabou de acontecer? A VIDA É TÃO BOA etc. Só que nesse eu quase chorei, e de tristeza, coisa que nunca imaginei que ia viver assistindo meu reality show favorito de todos os tempos.



A gente conhece o Zeke da temporada passada, Millennials Vs Gen X, daí ele foi tão bom jogador que imediatamente o trouxeram de volta para Survivor Game Changers. O que a gente sabia dele é que ele odeia o Twitter (mas usa mesmo assim), tem 20 e poucos anos, é gay e faz um jogo muito estratégico, além de se conectar fácil com as pessoas. Outro competidor, Jeff Varner, voltou para a Game Changers depois de já ter participado duas outras vezes, é um participante que sempre PROMETE, mas acaba sendo eliminado cedo demais para fazer algo memorável. Meio que agora ele fez e foi horrível.

Varner ia ser eliminado da tribo, estava sozinho, por baixo, era um jogo de 6 contra 1, mas ele estava desesperado para fazer alguma coisa. Daí que ele mira no Zeke dizendo que ele vai passar a perna em todo mundo mais pra frente e que ele é deceitful (algo como enganador). Que o Zeke é bem capaz mesmo de ser ardiloso a gente sabe, mas aí Varner joga isso na mesa:

POR QUE VOCÊ NÃO DISSE PARA TODO MUNDO QUE É TRANSGÊNERO?


Zeke é um homem trans. A tribo não sabia. Nenhum participante no jogo sabia. A GENTE não sabia, mesmo essa sendo a segunda temporada dele. Eu mal sei como o Varner soube disso, mas agora estava ali escancarado para todo mundo. Deu pra ver o desconforto horrível na cara do Zeke.

O que Varner estava querendo dizer é que uma pessoa trans que não conta para os outros que é trans está enganando os outros ou, no mínimo, tem habilidades para isso.

Nem vou entrar nesse mérito, porque OLHA.

O ponto é que, gente, ISSO NÃO SE FAZ. Você, em hipótese alguma, tem o direito de expor uma pessoa assim, de "tirar alguém do armário" (eu nem sei se esse termo se usa para pessoas trans). E eu acho que isso é óbvio, né? Mas eu nunca tinha presenciado um fato desse acontecer e, assistindo a esse episódio, eu senti como a coisa toda é horrorosa. NÃO SE FAZ MESMO. É, tipo, irresponsável.

Graça a Deus que a tribo reagiu como pessoas decentes e TODOS apontaram o quanto a ação do Varner foi nociva e inaceitável. Saiu até alguma coisa boa depois de tanta dor. Mas mesmo assim.

***

Quando uma pessoa homossexual "sai do armário", ela está mostrando ao mundo quem ela é de verdade. Quando acontece o mesmo com uma pessoa trans, o sentimento não é igual, ela não está mostrando quem ela é de verdade, porque quem ela é de verdade é quem as pessoas já conhecem. Resgatar o passado de uma pessoa trans é trazer à tona fatos e lembranças que talvez a pessoa em questão não se sinta confortável em lidar, pode ter sido um pesadelo, pode ter sido dolorido. Só ela pode abrir essa porta. Se quiser.

E antes que venham com AH O HOMEM BRANCO CIS HET, o Varner é gay também. Fazer parte de uma minoria não diz muita coisa sobre o jeito que você trata os demais.

A gente tem essa mania de expor as pessoas, eu acho. Quando a gente descobre que um amigo ou conhecido é gay, por exemplo, nosso primeiro impulso é contar para todo mundo. Se for um desafeto então, vai até para os jornais e sites de fofoca. No próprio Twitter, em que as pessoas são supostamente desconstruídonas, rola muito disso de apontar o dedão e falar que "fulano famoso é gay! rsrsrsr", como se o tal fulano tivesse que se sentir envergonhado por causa disso. Galera quer forçar os outros a deixarem a privacidade.

Lembrei daquele jornalista que, durante as Olimpíadas, entrou num desses aplicativos de encontros LGBT para expor atletas. Tipo, gente, PRA QUÊ? Que doença é essa que a gente tem? Nem é a nossa vida. Nos afeta 0% e muda tudo para a outra pessoa na maioria das vezes. Não é uma brincadeirinha.

***

No fim das contas, até que todos lidaram muito bem, incluindo Zeke. Espero mesmo que fique tudo bem. O caso é que agora eu estou focado em colocar a mão na consciência e não me tornar o Jeff Varner da vez. Deus me livre. Recomendo o mesmo para vocês.
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